A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, entrou com um pedido junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que seu cliente cumpra a prisão cautelar em Santa Catarina ou, alternativamente, no complexo conhecido como "Papudinha", em Brasília. O objetivo é evitar que ele seja encaminhado para o Presídio da Papuda.
Argumentos da defesa para a mudança de local
De acordo com os advogados, liderados por Eduardo Nostrani, a iniciativa busca garantir medidas concretas de proteção e racionalizar a custódia, baseando-se em critérios de proporcionalidade e segurança. Eles alegam que Vasques possui vínculos familiares e sociais consolidados em Santa Catarina, o que, segundo a defesa, contribuiria para a estabilidade da custódia e para a preservação de sua integridade física e psíquica.
Os advogados argumentam ainda que essa condição facilitaria o exercício pleno do direito à ampla defesa, sem prejuízo para a jurisdição do STF. O pedido foi formalizado no dia 27 de dezembro de 2025, após a prisão de Vasques no Paraguai, onde ele tentava viajar para El Salvador.
Riscos em presídios comuns e pedido de informações
A defesa sustenta que, por ter atuado como agente de segurança pública, Silvinei Vasques enfrenta riscos objetivos acrescidos em estabelecimentos prisionais comuns. Eles citam que, durante o período em que o ex-diretor esteve detido na Papuda, foram registradas intercorrências, incluindo assédio e ameaças.
Outro ponto destacado é o fato de Vasques ser reservista da Polícia Militar. A defesa ressalta que essa circunstância não é invocada como privilégio, mas como um elemento concreto para avaliação de risco, reconhecido pela jurisprudência do STF para ex-agentes de segurança.
Manter a custódia em Santa Catarina também evitaria deslocamentos interestaduais complexos e operações de escolta, racionalizando o processo sem atrapalhar seu andamento, conforme alegam os advogados.
Outras solicitações ao ministro Alexandre de Moraes
No mesmo documento, a defesa de Silvinei Vasques solicitou informações detalhadas sobre a audiência de custódia do ex-diretor, incluindo horário e formato. O objetivo é assegurar a preparação adequada e o exercício efetivo do direito de defesa.
O caso segue sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que deverá analisar o pedido da defesa. A decisão sobre o local onde Silvinei Vasques cumprirá a prisão cautelar aguarda posicionamento do magistrado do Supremo Tribunal Federal.
