O plenário do Supremo Tribunal Federal está com a faca e o queijo na mão — e o relógio corre contra. Até esta sexta-feira (3), os onze ministros precisam se manifestar sobre um pedido que pode colocar fogo no tapete vermelho da corte: a aplicação de sanções disciplinares contra o ministro Alexandre de Moraes.
O caso, que já virou pólvora nos corredores do STF, foi parar na mesa do presidente Luís Roberto Barroso após uma série de reclamações protocoladas contra Moraes. Detalhe que ninguém comenta, mas todo mundo sabe: o timing é mais apertado que calça skinny, com a sessão plenária marcada para sexta.
O que está em jogo?
Numa canetada só, o STF pode:
- Aplicar advertência formal
- Determinar censura pública
- Ou, no cenário nuclear, afastar temporariamente o ministro
"É como assistir a um jogo de xadrez onde as peças são ministros e o tabuleiro é a Constituição", comenta um advogado que prefere não ter o nome divulgado. E olha que ele nem exagerou — a tensão nos gabinetes do STF está tão palpável que dá pra cortar com faca.
Por trás dos panos
Fontes próximas à corte revelam que os ministros estão divididos em três grupos:
- Os que defendem punição exemplar
- Os que pregam moderação
- E os que ainda estão "enrolando" para se posicionar
Barroso, por sua vez, tem caminhado sobre ovos. Na última terça, ele chegou a adiar a análise do caso, comprando tempo precioso. Já Moraes? Continua trabalhando normalmente, mas quem o vê nos corredores diz que o semblante está mais fechado que cofre de banco.
O que pouca gente percebe é que essa decisão vai muito além de um ministro. É sobre o equilíbrio entre os Poderes, a independência do Judiciário e — quem diria — até sobre a credibilidade da corte perante a opinião pública.
Enquanto isso, no Planalto, Lula assiste ao espetáculo com pipoca. Oficialmente, o governo diz que "não comenta assuntos internos do Judiciário". Extraoficialmente? Todo mundo sabe que os holofotes estão virados para o STF.
Sexta-feira promete. Ou será que vão empurrar com a barriga de novo? No Supremo, como dizem os mais antigos, até o óbvio é relativo.
