
Pois é, meus caros leitores, o caso que tinha tudo para virar um verdadeiro furacão político simplesmente... esvaneceu. Como aquela chuva de verão que promete alagar tudo e some em cinco minutos. O Ministério Público Federal — sim, aquele mesmo que costuma fazer barulho — decidiu arquivar a investigação sobre a compra da casa por ninguém menos que Deltan Dallagnol.
E olha que a história tinha seus ingredientes picantes: valores que não batiam, transações que levantavam sobrancelhas, todo aquele clima de "algo não cheira bem". Mas, de repente, silêncio. O conselho do MPF, formado por procuradores de carreira, analisou tudo com lupa e chegou à conclusão de que... bem, não havia mesmo o que investigar.
O que exatamente aconteceu?
Vamos por partes, porque a coisa não é tão simples quanto parece. A aquisição do imóvel pelo ex-coordenador da Lava Jato sempre foi alvo de olhares desconfiados. Os números não fechavam, diziam uns. Havia algo por trás, garantiam outros. Mas a verdade — ou pelo menos a versão oficial — é outra.
O parecer técnico do MPF foi categórico: não existem indícios suficientes de irregularidade. Ponto final. Ou quase, porque na política nada é realmente ponto final.
E as consequências?
Bom, aqui a coisa fica interessante. De um lado, os apoiadores de Deltan comemoram como se fosse gol em final de campeonato. "Sempre soube que era perseguição política", gritam nas redes sociais. Do outro, os críticos não engolem a decisão. "Mais uma prova de que o sistema protege os seus", murmuram nos corredores.
O que me faz pensar: será que estamos diante de um caso de justiça sendo feita — ou de justiça sendo... bem, seletiva? Difícil dizer. O certo é que o baile continua, mas a música mudou.
E no meio disso tudo, o cidadão comum fica se perguntando: onde foi parar a tal blindagem da lei para todos? Pergunta que não quer calar, não é mesmo?
Enquanto isso, a vida segue. Deltan respira aliviado — pelo menos por enquanto — e o MPF segue com sua pilha de processos. Alguns casos viram notícia, outros viram pó. Esse, particularmente, virou pó. Mas na política, como sabemos, até o pó pode assombrar.