
Eis que o deputado Motta, da sigla tal, resolveu dar uma de canguru — pulou pra frente, recuou, e deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha. O projeto que tratava da chamada 'adultização' de jovens sofreu uma guinada inesperada, e cá estamos nós tentando desvendar esse novelo.
Na terça-feira, o parlamentar havia defendido com unhas e dentes uma alteração no texto original. Mas olha só a reviravolta: menos de 24 horas depois, voltou atrás como se tivesse pisado em brasa. O que teria feito esse político experiente mudar de ideia tão rápido?
O projeto que esquentou os ânimos
Pra quem não tá acompanhando essa novela — e olha que tá melhor que muito folhetim — a proposta em questão discute até que ponto adolescentes podem ser responsabilizados como adultos em certas situações. Um tema espinhoso, que divide opiniões até no churrasco de domingo.
O recuo do deputado aconteceu justamente no artigo 2º, aquele que define as tais situações excepcionais. Primeiro, Motta queria ampliar; depois, voltou ao texto original como se nada tivesse acontecido. Convenhamos: não é todo dia que vemos um político admitir — mesmo que indiretamente — que talvez tenha exagerado na dose.
Os bastidores da mudança
Fontes próximas ao gabinete contam que a pressão veio de todos os lados:
- De um lado, organizações de defesa dos direitos dos adolescentes fizeram barulho suficiente pra acordar até o vizinho mais distraído
- Do outro, aliados do governo começaram a cochichar que a mudança poderia ser um tiro no pé
- E pra completar, até dentro da própria bancada do deputado houve quem torcesse o nariz
Não dá pra saber ao certo se foi cálculo político ou genuína mudança de opinião — na capital federal, essas linhas costumam ser mais borradas que giz molhado. Mas fato é que o projeto voltou à estaca zero, pelo menos nesse ponto específico.
E agora, José?
Com essa marcha-ré, o texto segue em análise na Comissão de Constituição e Justiça. Os próximos capítulos prometem — porque política, como futebol e novela, sempre reserva suas surpresas.
Enquanto isso, Motta segue defendendo o núcleo da proposta, que segundo ele visa 'proteger os jovens'. Resta saber se essa justificativa vai colar depois desse vai-e-vem que deixou até assessores experientes coçando a cabeça.
Uma coisa é certa: em Brasília, até as pedras sabem que mudança de posicionamento pode ser estratégia ou vacilo — e só o tempo dirá qual foi o caso dessa vez.