
Não é segredo pra ninguém que Alexandre de Moraes virou persona non grata nos corredores de Washington. Mas enquanto os americanos afiam as garras, o ministro do Supremo segue firme — e como! — no tabuleiro político brasileiro.
O que pouca gente percebe é como ele teceu uma rede de proteção tão bem urdida que faria inveja a qualquer aranha. São aliados em postos-chave, desde o Congresso até governos estaduais, que garantem sua influência e, convenhamos, uma boa dose de imunidade política.
Os fiéis escudeiros
Três grupos sustentam Moraes:
- Os 'juristas de ocasião': parlamentares com canudo em direito que transformam cada decisão do STF em bandeira pessoal
- Os 'governadores de estimação': chefes do Executivo estadual que dependem de benesses judiciais
- Os 'operadores de bastidores': aqueles que ninguém vê, mas que movem as peças quando necessário
Numa jogada que mistura O Poderoso Chefão com House of Cards, o ministro criou relações tão simbióticas que fica difícil saber quem protege quem. E olha que isso não é teoria da conspiração — é política real, do tipo que se pratica nos corredores do Planalto.
O jogo das cadeiras musicais
Quando a Casa Branca resolveu mirar em Moraes, achou que seria tiro e queda. Só não contava com a resiliência das alianças locais. Enquanto isso, no Brasil:
- Seus apoiadores no Legislativo travam pautas que poderiam prejudicá-lo
- Governadores aliados fazem o trabalho sujo de desgastar opositores
- Até mesmo setores da mídia tratam cada crítica internacional como 'ingerência'
Não é genial? (Ou assustador, dependendo do seu ponto de vista). O fato é que, enquanto a tempestade ruge lá fora, Moraes segue com o guarda-chuva aberto — e cheio de gente segurando as pontas.
Resta saber: até quando essa blindagem vai aguentar? Porque em política, como no futebol, até o melhor goleiro leva frango de vez em quando.