O clima no Supremo Tribunal Federal está longe de ser tranquilo. Na verdade, é daqueles que fazem os corredores do poder tremerem. O ministro Alexandre de Moraes, numa jogada que pega todo mundo de surpresa, acaba de lançar um ultimato. E não foi para qualquer um: foi direto para a Procuradoria-Geral da República.
O prazo? Apenas 48 horas. Isso mesmo, dois dias. Tempo mais do que curto para que a PGR se debruce sobre as explicações — ou a falta delas — dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A exigência do ministro é clara e direta: ele quer um parecer, uma opinião formal, sobre o que Bolsonaro apresentou (ou não conseguiu apresentar) para justificar suas ações.
E o contexto? Ah, o contexto é pesado. Tudo isso está rolando dentro do famoso — e tão comentado — inquérito das fake news. Aquele mesmo que investiga a disseminação em massa de notícias falsas e a organização de supostos ataques digitais contra as instituições democráticas. Moraes, que é o relator do caso, claramente não está para brincadeiras.
A decisão saiu nesta segunda-feira (18), e já está causando um rebuliço danado nos círculos políticos e jurídicos de Brasília. A pergunta que fica no ar, pairando sobre o Plenário, é: o que a PGR vai fazer? Vai endossar as justificativas de Bolsonaro? Vai achá-las insuficientes? Ou vai simplesmente pedir mais investigações?
Uma coisa é certa: o ministro não quer mais delongas. A pressão está posta, e o relógio não para de correr. Esse movimento é visto por muitos analistas como mais um capítulo crucial no embate direto entre o STF e o núcleo duro do bolsonarismo. O que vai sair disso? Bom, só o tempo — e as próximas 48 horas — vão dizer.
Enquanto isso, o país segura a respiração. Aguardando o próximo lance num jogo de xadrez onde cada movimento é calculado e cada peça pode mudar todo o tabuleiro.
