
O placar do jogo jurídico está prestes a virar. Ou não. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acaba de apertar o cerco de maneira dramática no inquérito que investiga a suposta trama golpista pós-eleições de 2022.
E olha só o que aconteceu: o magistrado deu apenas 24 horas — sim, você leu direito, um dia útil — para que o advogado de Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência da República, apresente a defesa final do seu cliente. O relógio começou a correr nesta quarta-feira, e a pressão é palpável.
O prazo que não perdoa
Caramba, 24 horas! Nem para processar uma encomenda online isso é suficiente hoje em dia. Imagine preparar uma defesa jurídica robusta num caso de altíssima complexidade que envolve acusações graves sobre supostos atos antidemocráticos.
O prazo foi estabelecido após a análise de um pedido de extensão do tempo para defesa — um recurso comum nesses processos — que, diga-se de passagem, foi negado pelo ministro. Moraes manteve a linha dura que caracteriza seu estilo de conduzir estes inquéritos.
O contexto que explica a urgência
O caso não é simples, longe disso. Filipe Martins, figura que circulava nos altos escalões do poder, é investigado por sua suposta atuação nos eventos que seguiram as eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República já deu seu parecer, e agora é a vez da defesa se manifestar antes que o ministro leve o processo adiante.
E tem mais: Martins já teve o depoimento colhido pela Polícia Federal no ano passado, em maio. Desde então, o processo segue seu curso, com idas e vindas típicas do universo jurídico — mas sempre com a sombra do prazo apertado pairando sobre os envolvidos.
O que está em jogo, realmente?
Para além dos prazos e formalidades jurídicas, o que vemos aqui é mais um capítulo daquela novela que parece não ter fim: as investigações sobre atos golpistas no Brasil pós-2022. Cada movimento no tabuleiro do STF é analisado com lupa por políticos, juristas e, claro, pela população.
O que me pergunto é: será que 24 horas são suficientes para construir uma defesa à altura das acusações? O direito ao contraditório — pilar do nosso sistema jurídico — estaria sendo respeitado nessa correria contra o tempo?
Bom, enquanto esses questionamentos ecoam pelos corredores do poder, o fato é que o relógio não para. E em Brasília, a contagem regressiva já começou.