
E aí, o ministro Alexandre de Moraes acabou de cortar pela raiz mais uma tentativa do pastor Silas Malafaia de levar às barras do tribunal o deputado federal Eduardo Bolsonaro. A decisão, fresquinha, saiu nesta quinta-feira e simplesmente negou seguimento à denúncia que o líder religioso move contra o parlamentar.
O buraco era mais embaixo — Malafaia acusava Bolsonaro de cometer falsidade ideológica numa queixa-crime protocolada ano passado. Mas Moraes, na sua canetada, foi direto ao ponto: faltavam elementos mínimos, segundo ele, para justificar a abertura de um processo. Uma facada seca nas pretensões do pastor.
O que dizia a denúncia?
Pelo que se apurou, a treta começou com declarações públicas de Eduardo Bolsonaro que, na visão de Malafaia, distorciam fatos e configuravam crime. O pastor tentou transformar o embate político em ação penal. Só que esqueceu um detalhe técnico — ou vários — que o ministro não deixou passar batido.
Moraes frisou que, mesmo considerando tudo o que foi alegado, não dava pra enxergar indícios suficientes do tal crime. E olha, o ministro não costuma ser muito delicado quando perceibe que uma ação judicial pode ter motivação mais política do que jurídica.
E o que isso significa na prática?
Basicamente, a jogada de Malafaia morreu na praia. Sem o aval do STF, a denúncia não vai pra frente e Eduardo Bolsonaro respira aliviado — pelo menos neste front. É mais um capítulo na série interminável de batalhas judiciais que envolvem a família Bolsonaro e seus aliados (ou ex-aliados, né?).
O curioso é que, nesse xadrez político, até quem estava do mesmo lado um dia agora troca farpas e ameaças judiciais. Coisa de quem?
Enfim, o recado de Moraes foi claro: o Judiciário não vai servir de palco para ajuste de contas políticas. Ponto final. E assim segue o Brasil, onde a justiça e a política dançam um tango cada vez mais complicado.