
O clima no Tribunal Superior Eleitoral está, digamos, daquele jeito. Uma mistura de expectativa, curiosidade e aquela pontinha de ansiedade que sempre aparece quando há mudanças no comando. E não é pra menos: estamos falando da transição entre dois pesos pesados do Judiciário brasileiro.
Luís Roberto Barroso, que comandou o TSE com mão de ferro — e não foram poucos os desafios que enfrentou — está passando o bastão para Edson Fachin. E no meio desse vai-e-vem de pastas e responsabilidades, quem resolveu dar seu pitaco foi ninguém menos que o ministro Benedito Gonçalves.
"Precisamos de paz"
O cara foi direto ao ponto, sem rodeios. Em conversas nos corredores do poder — porque é ali que as coisas realmente acontecem, não é mesmo? — Mendes deixou claro seu desejo: um ambiente de tranquilidade na nova gestão.
"A expectativa é de paz", soltou ele, com aquela cara de quem já viu de tudo nessa vida. Mas não era um pedido de paz qualquer — era quase um manifesto por serenidade institucional num momento onde os ânimos, convenhamos, andam mais exaltados que torcida em final de campeonato.
E olha que o timing não poderia ser mais significativo. Fachin assume justamente quando o país respira ares de preparação eleitoral. Coincidência? Acho que não.
O legado de Barroso e os desafios de Fachin
Barroso deixa um legado marcante, isso ninguém pode negar. O homem enfrentou tempestades que fariam muitos capitães abandonarem o navio. Agora, a bola está com Fachin — e todo mundo quer saber que jogada ele vai fazer.
O novo presidente do TSE chega com uma bagagem pesada: anos de STF, decisões polêmicas e a fama de ser, como dizem por aí, "um sujeito que não tem medo de peitar os problemas". Resta saber como ele vai administrar essa herança complexa que Barroso deixa.
E digo mais: a relação entre TSE e STF nunca foi tão observada. São duas cortes, dois poderes, mas uma dança delicada que pode definir rumos importantes para o país.
O que esperar da nova era?
Bom, se depender do desejo do ministro Mendes, teremos tempos mais calmos. Mas entre o desejo e a realidade, sabe como é, sempre existe um abismo.
Os especialistas — esses seres que adivinhar o futuro — já começaram suas apostas. Uns falam em continuidade, outros em mudanças de rumo. O certo é que Fachin não chega para fazer cosplay de Barroso. O homem tem seu próprio estilo, suas convicções.
E o pedido de "paz" de Mendes? Soa quase como um reflexo do cansaço que toma conta de muitos após anos de turbulência política. É como se ele estivesse dizendo: "Pessoal, vamos dar uma trégua, pelo amor de Deus!".
Mas o Brasil sendo Brasil, a paz sempre chega acompanhada de um ponto de interrogação. Fachin assume em julho, e até lá as especulações só tendem a aumentar. O TSE prepara seu novo capítulo, e nós, espectadores, nos preparamos para mais um ano eleitoral cheio de... bem, das surpresas de sempre.