
E então, eis que a defesa de Jair Bolsonaro resolveu se pronunciar — e não foi de qualquer jeito. Nesta quarta-feira, os advogados do ex-presidente saíram do silêncio para mandar um recado claro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal: vamos cumprir o prazo, mas não sem antes deixar algumas coisas bem explicadas.
Nada de rodeios. Eles afirmam, com todas as letras, que Bolsonaro jamais burlou determinação judicial. Nunca. Nem uma vez. A fala soa quase como um desafio — ou pelo menos um lembrete de que a história, segundo eles, está do lado do ex-chefe do Planalto.
O prazo e a estratégia
Os prazos judiciais não são sugestões, todo mundo sabe. E a defesa assegura que não vai vacilar. Vai responder direitinho, dentro do tempo estipulado, sem atrasos nem dramaticidade. Mas não espere uma submissão silenciosa.
O tom é de respeito às instituições, sim, mas também de contrariedade. Quase como quem diz: “estamos aqui jogando conforme as regras, mesmo quando discordamos delas”.
E o que dizem as alegações?
Os advogados foram enfáticos ao reafirmar que Bolsonaro sempre agiu dentro da lei — ou pelo menos da interpretação que faz dela. Para eles, não há que se falar em descumprimento. O que houve, talvez, foram divergências. Mas intenção de desobedecer? Jamais.
Não é de hoje que a relação entre Bolsonaro e o STF é… bem, complicada. E esse último capítulo só reforça a tese de que a novela está longe do fim.
Enquanto isso, o ministro Moraes segue no centro de um dos debates mais acalorados do país. De um lado, quem o vê como guardião da lei; de outro, quem enxerga excesso. E no meio disso tudo, a defesa de Bolsonaro escolheu o caminho da formalidade com um toque de protesto velado.
Resta saber como o Supremo receberá a manifestação. Aguardemos os próximos capítulos — porque com certeza virão.