
A ministra Gleisi Hoffmann expressou preocupação com a possível interferência de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre fraudes no INSS nas investigações policiais em andamento. Em declaração ao Jornal Nacional, a ministra destacou que a CPI pode comprometer operações sigilosas e colocar em risco o trabalho das autoridades.
"Temos que ter cuidado para não atrapalhar o que já está sendo feito pela polícia. Muitas vezes, as CPIs acabam virando palanque político e prejudicam investigações sérias", afirmou Hoffmann.
Riscos para as investigações
Segundo a ministra, as fraudes no INSS são um problema grave e exigem ações coordenadas entre o governo e as forças de segurança. No entanto, ela alertou que a exposição midiática de detalhes sensíveis pode beneficiar os criminosos.
- Dados sigilosos podem vazar durante as audiências públicas.
- Testemunhas podem se sentir intimidadas.
- Investigados podem destruir provas ou fugir.
Reação política
A proposta da CPI já divide opiniões no Congresso. Enquanto alguns parlamentares defendem a investigação como forma de combater a corrupção, outros temem que o debate vire uma disputa partidária.
"Precisamos de transparência, mas sem prejudicar o trabalho da polícia. O ideal seria uma cooperação entre o Legislativo e o Executivo", sugeriu um deputado que preferiu não se identificar.
O governo ainda não se posicionou oficialmente sobre a criação da CPI, mas fontes próximas à Presidência indicam que há receio de um desgaste político desnecessário.