Pela primeira vez na história do Acre – e do Brasil, diga-se de passagem – a escolha dos Juízes de Paz não será feita no tapetão, através de indicações. Não, senhor! O povo acreano vai, literalmente, botar a mão na urna e decidir quem assume esses cargos tão importantes, responsáveis por casamentos e outros serviços cartorários. Uma virada e tanto no judiciário, hein?
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabou de dar o aval e publicou a lista dos candidatos que estão com tudo em ordem para concorrer. E olha, não foi um processo rápido não. Foram longos meses de análise de documentação, até que a Justiça Eleitoral desse o veredito final. A ansiedade, imagino, estava a mil.
E não é pouca vaga não! A disputa será acirrada em 25 comarcas espalhadas por todo o estado, de Rio Branco, a capital, até os cantos mais distantes. Cada comarca vai eleger seu próprio juiz, o que significa que a votação vai ser hiperlocal, uma verdadeira eleição de bairro, mas com um peso enorme.
Como funciona essa eleição inédita?
Bom, se você tá se perguntando como isso vai rolar, eu te explico. A votação está marcada para acontecer junto com o primeiro turno das eleições municipais do ano que vem. É isso mesmo: no mesmo dia em que você for votar para prefeito e vereador, vai ter mais uma casinha na sua bola: a do Juiz de Paz.
Uma mudança de paradigma, pra não dizer outra coisa. Antes, esses cargos eram preenchidos por indicação do tribunal de justiça local, após uma sabatina. Agora, o critério é democrático puro: voto popular. Quem mandará será a vontade da maioria, o que, convenhamos, tem seu charme, mas também joga uma responsabilidade danada no colo do eleitor.
E agora, como eu vejo a lista?
Calma, que eu te guio. A lista completa com o nome de todos os candidatos aprovados para cada uma das 25 comarcas foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico. É só entrar no site do TSE e fuçar na seção de editais. Lá você encontra tudinho, com nome, número de inscrição e a comarca pleiteada.
O período para eventuais impugnações – aquela fase em que alguém pode contestar a candidatura de outro – já foi encerrado. Agora é bola pra frente, rumo à campanha eleitoral propriamente dita. Preparem os santinhos e os jingles, porque a disputa promete!
É um passo histórico, sem sombra de dúvida. Colocar na mão do cidadão comum a escolha de uma figura que vai celebrar uniões e dar fé pública a documentos é, no mínimo, revolucionário. Resta saber como o eleitorado vai encarar essa nova responsabilidade. Só o dia da eleição, 5 de outubro de 2026, vai nos dar a resposta.
