
Numa jogada que pegou até analistas de surpresa, Volodymyr Zelensky trocou o café de Kiev pelo frio de Berlim nesta quarta-feira. O motivo? Uma conversa virtual que pode balançar os alicerces da geopolítica atual.
Enquanto o mundo ainda digeria o cancelamento da esperada cúpula entre Washington e Moscou — aquela que prometia acalmar os ânimos sobre a Ucrânia —, o presidente ucraniano decidiu não ficar de braços cruzados. "Às vezes é preciso ir onde as decisões são tomadas", comentou um assessor sob condição de anonimato, enquanto arrumava os papéis para a viagem relâmpago.
O jogo das cadeiras musicais geopolíticas
Berlim não foi escolha ao acaso. A Alemanha, que sempre se colocou como mediadora nesse xadrez complicado, agora vira palco de um encontro que pode mudar as regras do jogo. Zelensky, conhecido por seu estilo direto (quase desconcertante), parece ter decidido cortar intermediários.
- Reunião virtual marcada para as 15h (horário local)
- Tema central: segurança regional e apoio militar
- Trump mantém influência no Partido Republicano
O timing? Impecável. Com as eleições americanas no horizonte e a Rússia testando limites diariamente, essa conversa pode ser o primeiro passo para um realinhamento de forças. "Não estamos falando de política doméstica, mas de sobrevivência nacional", disparou uma fonte próxima ao gabinete presidencial ucraniano.
O fator Trump: wildcard ou peça-chave?
Donald Trump, sempre ele. O ex-presidente que não sai dos holofotes agora pode se tornar pivô numa das crises mais delicadas do século. Curiosamente, foi durante seu mandato que a Ucrânia virou peça central no primeiro impeachment — ironias do destino.
Analistas divergem:
- Para uns, Trump tem conexões únicas com Putin que podem destravar negociações
- Para outros, seu envolvimento só adiciona incerteza a um cenário já volátil
- Há quem veja cálculo eleitoral nesse movimento inesperado
Enquanto isso, nas ruas de Berlim, turistas fotografavam a Brandemburgo Tor sem imaginar que, a poucos quarteirões dali, se desenrolava mais um capítulo dessa novela geopolítica sem fim. A Europa segura a respiração.