
Parece que alguém precisava de uma aula de história de última hora. J.D. Vance, o escolhido de Donald Trump para vice-presidência, acabou de levar uma correção pública que ecoou pelos corredores do poder em Washington.
O republicano — que já foi crítico ferrenho do próprio Trump antes de se juntar à sua campanha — fez declarações que simplesmente não batem com os fatos históricos. E olha que não estamos falando de detalhes pequenos não.
O problema começou quando Vance tentou argumentar que os Estados Unidos deveriam se afastar do conflito entre Ucrânia e Rússia. Até aí, tudo bem — cada um tem sua opinião política. O problema foi a justificativa histórica que ele usou.
Uma analogia que não cola
Vance comparou a situação atual com a Segunda Guerra Mundial, sugerindo que os EUA só entraram no conflito depois de Pearl Harbor. A implicação? Que deveríamos esperar ser atacados diretamente antes de agir.
Mas os historiadores — gente que realmente estudou isso — rapidamente apontaram o erro crasso. A verdade é que os americanos já estavam profundamente envolvidos antes desse evento, através do programa Lend-Lease que apoiava os Aliados.
Não é questão de opinião política — é fato histórico documentado. E essa não foi a única gafe.
O contexto que importa
O candidato vice-presidencial também errou feio ao sugerir que a Ucrânia deveria ceder território para encerrar a guerra. Essa narrativa, que ecoa talking points do Kremlin, ignora um detalhe crucial: a soberania nacional.
Imagina se dissessem que o Brasil deveria ceder parte do território para acabar com um conflito? A reação seria, no mínimo, indignada.
Especialistas em relações internacionais não pouparam críticas. Eles lembram que apaziguamento com expansionismo agressivo raramente funciona — a história mostra que usually incentiva mais agressão.
As repercussões políticas
O timing não poderia ser pior para a campanha republicana. Com a convenção nacional acontecendo agora, cada declaração dos candidatos está sob microscópio.
E essa não é a primeira vez que Vance se mete em problemas com declarações históricas. O cara parece ter uma relação… complicada com os fatos.
O que me faz pensar: num mundo com Google na palada da mão, como alguém ainda erra assim? Ou será que é estratégia?
Os democratas, claro, não perderam a oportunidade. Circulam nas redes sociais montagens comparando Vance a personagens históricos que preferiam negociar com ditadores do que confrontá-los.
Mas além da politicagem de sempre, há uma questão real aqui: a preparação de possíveis futuros líderes mundiais. Se não entendem o passado, como podem tomar decisões sábias para o futuro?
O eleitorado americano — e o mundo — está de olho. E aulas de história improvisadas não são exatamente o que esperamos de quem pode ocupar a Casa Branca.