
O cenário geopolítico global acabou de ganhar um novo capítulo — e olha que não é nada animador. Thierry Breton, um dos comissários mais influentes da União Europeia, soltou a bomba: estamos sim, oficialmente, em guerra híbrida com a Rússia.
Não é brincadeira. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva em Varsóvia, e pegou muita gente de surpresa. Breton, que comanda a pasta de Mercado Interno, não usou meias-palavras. "A guerra híbrida já começou", disparou, com aquela seriedade que faz você perceber que a coisa é séria.
O que diabos é guerra híbrida?
Pois é, muita gente pode não entender o termo. Guerra híbrida não é aquela coisa convencional com tanques e soldados — pelo menos não apenas. É um conflito que mistura de tudo um pouco: ciberataques, desinformação, pressão econômica, manipulação de migrantes... Uma salada mista de táticas sujas que visam destabilizar o adversário sem declarar guerra formal.
E parece que a Rússia tem sido mestre nesse jogo. Breton foi categórico ao afirmar que Moscou está usando "todas as ferramentas disponíveis" para minar a estabilidade europeia. A situação é tão grave que ele chegou a comparar com os tempos sombrios da Guerra Fria — só que agora com armas digitais.
As frentes de batalha invisíveis
O comissário enumerou algumas áreas críticas onde esse conflito silencioso está acontecendo:
- Ciberespaço: Ataques a infraestruturas críticas, roubo de dados e tentativas de influenciar eleições
- Energia: Manipulação dos preços e fornecimento de gás natural
- Desinformação: Campanhas massivas nas redes sociais para semear divisão e caos
- Migração: Uso de fluxos migratórios como arma política
É assustador pensar que, enquanto a gente discute futebol e novela, tem uma guerra dessas rolando nos bastidores. E o pior: a maioria das pessoas nem percebe.
O contexto ucraniano
Não dá pra falar disso sem mencionar a Ucrânia, claro. Breton deixou claro que a invasão russa ao país vizinho foi o estopim dessa situação toda. A UE, segundo ele, não pode mais ficar de braços cruzados — daí a necessidade de admitir que estamos em guerra.
"A Rússia escolheu o caminho da confrontação", afirmou, com a convicção de quem já viu essa história antes. E completou: "Nossa resposta precisa ser proporcional, mas firme".
O que me preocupa — e deve preocupar você também — é onde isso vai parar. Guerras híbridas têm uma mania chata de escalar para conflitos reais. Espero que não seja o caso.
E o Brasil nessa história?
Pode parecer distante, mas num mundo globalizado, nenhum país é ilha. Disrupções no comércio global, crises energéticas e instabilidade política na Europa afetam todo mundo — inclusive nós aqui no Brasil.
Já sentimos os efeitos indiretos nos preços dos combustíveis e nos custos de importação. Quem diria que uma declaração em Varsóvia poderia afetar o preço da picanha no supermercado, né?
Enfim, o mundo está mudando rápido — talvez rápido demais. E declarações como a de Breton são um alerta vermelho que não podemos ignorar. Resta saber como os líderes globais vão responder a esse novo capítulo da geopolítica mundial.