
Numa jogada que surpreendeu poucos — mas deixou muitos de boca aberta —, Donald Trump disparou contra as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira. O ex-presidente dos EUA, sempre polêmico, não economizou palavras: chamou as regras de "inaceitáveis" e um "atentado à soberania americana".
E não foi só retórica. Trump, que parece nunca sair de cena completamente, sugeriu que os EUA deveriam "cortar na carne" o financiamento à organização caso as normas fossem implementadas. Uma ameaça velada? Nem tanto. O tom era mais de ultimato mesmo.
O cerne da discórdia
O que está em jogo, afinal? Segundo fontes próximas ao republicano, o problema estaria em supostas "exigências absurdas" sobre vigilância sanitária global. Trump alega que a OMS quer poder de veto sobre políticas nacionais de saúde — algo que a organização nega veementemente.
"É como entregar as chaves do seu carro para um estranho dirigir", comparou um assessor anônimo, em declaração que parece resumir o pensamento do ex-mandatário. A metáfora, exagerada ou não, revela o nervo exposto do debate.
Repercussão imediata
Enquanto isso, nas redes sociais:
- Apoiadores celebram a "postura firme" contra o "globalismo"
- Críticos acusam Trump de "sabotar" a cooperação internacional
- Especialistas em saúde pública torcem o nariz — alguns literalmente
Numa ironia que não passou despercebida, o anúncio coincidiu com um aumento nos casos de COVID-19 em três estados republicanos. Timing perfeito? Ou mera coincidência? Difícil dizer.
O que sabemos: essa não é a primeira vez que Trump bate de frente com a OMS. Durante a pandemia, ele chegou a cortar relações temporariamente. Agora, parece estar reacendendo a briga — possivelmente como estratégia política para 2024.
Enquanto o mundo discute mudanças climáticas e novas variantes do coronavírus, os EUA — ou pelo menos parte deles — ainda estão presos nesse cabo-de-guerra ideológico. Resta saber quem vai puxar a corda com mais força nos próximos meses.