Trump e Putin se encontram no Alasca: o que foi discutido sobre a guerra na Ucrânia?
Trump e Putin se reúnem no Alasca para falar sobre Ucrânia

Eis que o mundo para para assistir a cena mais improvável desde que pandas aprenderam a dançar break: Donald Trump e Vladimir Putin, dois gigantes da geopolítica moderna — cada um com seu estilo peculiar de fazer (ou desfazer) história — sentaram-se frente a frente numa base militar no gelado Alasca.

O encontro, que mais parecia saído de um roteiro de espionagem dos anos 80, aconteceu nesta quinta-feira (15). E adivinha só? A Ucrânia roubou a cena sem nem estar presente.

O clima (e não só o do Alasca)

— Fazia -10°C do lado de fora, mas a temperatura dentro da sala era de derreter icebergs — brincou um assessor não identificado, enquanto ajustava o cachecol. Brincadeiras à parte, as fontes próximas ao encontro confirmam: o assunto principal foi mesmo o conflito que já dura mais de dois anos no Leste Europeu.

Trump, sempre ele, chegou dizendo que "poderia resolver isso em 24 horas". Putin, entre um gole de chá e aquele sorriso enigmático que conhecemos bem, limitou-se a responder: "Já ouvimos isso antes".

Os três pontos quentes da discussão

  1. O tabuleiro de xadrez geopolítico: fontes sugerem que Putin estaria sondando possíveis pressões americanas sobre a Zelensky
  2. Os grãos e o gás: como o bloqueio aos portos ucranianos afeta a economia global (e os bolsos de todos nós)
  3. O fantasma das eleições: Trump teria mencionado como o tema pode ser decisivo nas urnas americanas deste ano

Curiosamente — ou não — nenhum dos lados divulgou comunicado oficial. O silêncio, nesses casos, fala mais alto que discursos.

E agora?

Analistas políticos estão divididos. Uns veem o encontro como mero teatro para consumo interno. Outros apostam que pode ser o primeiro movimento de um jogo mais complexo. "Quando esses dois falam, mesmo que seja sobre o tempo, o mundo deveria ouvir", dispara Marina Kovalsky, professora de Relações Internacionais da USP.

Enquanto isso, nas ruas de Kiev, a reação foi... digamos, morna. "Já vimos esse filme antes", resmungou um soldado ucraniano em licença médica, enquanto ajustava o rádio numa cafeteria lotada.

Uma coisa é certa: no grande cassino das relações internacionais, Trump e Putin continuam sendo os jogadores mais imprevisíveis da mesa. E o Alasca? Bem, o Alasca foi só o palco escolhido para mais um capítulo dessa novela que não tem previsão de acabar.