
Não é de hoje que Donald Trump deixa claro seu desejo por um Nobel da Paz. Mas dessa vez, a coisa tomou um rumo… digamos, peculiar. Durante um comício na Carolina do Sul, o ex-presidente dos EUA não só reiterou sua vontade de ganhar o prêmio, como também disparou críticas ao comitê responsável pela indicação.
— Eles deveriam me dar o Nobel pelo que fiz — afirmou, com aquela confiança de sempre, para uma plateia animada. — Mas não me deram. Fizeram errado.
Trump citou, como já é costume, seu papel nas negociações entre Israel e Emirados Árabes Unidos, os Acordos de Abraão — que, na visão dele, foram completamente ignorados pela comissão norueguesa.
Não contente, ele ainda aproveitou para puxar uma rivalidade antiga. Lembrou que Barack Obama, seu antecessor, recebeu o prêmio em 2009 — e não poupou críticas. Para Trump, a premiação de Obama foi precoce e injustificada. "Ele não fez nada", disparou, gerando aplausos e vaias entusiasmadas.
Não é a primeira vez, e provavelmente não será a última
Quem acompanha a trajetória pública de Trump já está familiarizado com essa narrativa. Desde que deixou a Casa Branca, ele mantém a retórica de que foi preterido injustamente — e usa o Nobel como um símbolo dessa suposta rejeição global.
Mas e aí? Será que é só egocentismo ou há um fundo de estratégia política nisso tudo? Analistas ouvidos informalmente comentam que, ao trazer o assunto à tona em pleno comício, Trump reforça sua imagem de "outsider" perseguido pelas elites — narrativa que, como sabemos, mobiliza sua base como poucas.
Não custa lembrar: em 2020, ele já havia sido indicado ao prêmio por um parlamentar norueguês de extrema-direita. Na época, a indicação gerou polêmica e, claro, muitas manchetes. Agora, com uma nova eleição presidencial se aproximando, o assunto volta com força total.
E as reações? Bem, variadas.
Enquanto apoiadores vibram com a ideia de um "Trump laureado", críticos veem a insistência como mais um capítulo de sua relação conturbada com a vaidade internacional. Nas redes, memes não faltam — e a imprensa internacional também não perdoa.
O comitê do Nobel, como era de se esperar, não se manifestou. Mantêm a tradição de discrição absoluta sobre indicações e critérios — o que, convenhamos, deve irritar ainda mais o ex-presidente.
Enquanto isso, seguimos na expectativa. Trump continua na estrada, falando em Nobel, criticando adversários e mantendo o tom inflamado que todos conhecem. E o prêmio? Bom, o prêmio segue intocado — pelo menos por enquanto.