
Numa daquelas jogadas que só ele sabe fazer, Donald Trump soltou mais uma bomba política. Dessa vez, o alvo? Três gigantes urbanas que, nas palavras dele, estão afundadas no caos e na má gestão. Chicago, Nova York e San Francisco. Nomes que soam como um grito de guerra na boca do ex-presidente.
Numa entrevista que mais pareceu um comício não oficial, Trump não poupou críticas. A fala foi direta, sem rodeios, daquelas que deixam aliados animados e adversários com os cabelos em pé. Ele não só criticou a administração atual como prometeu uma intervenção federal caso retorne à Casa Branca. Algo, digamos, bastante ousado.
O Que Está Por Trás da Ameaça?
Não é de hoje que Trump mira suas baterias contra cidades governadas por Democratas. Mas dessa vez, o tom foi diferente. Mais urgente, quase um ultimato. Ele citou números de criminalidade – que, de fato, assustam em algumas dessas metrópoles – e falou em “devolver a ordem” a lugares que, na visão dele, perderam o controle.
“É uma vergonha o que fizeram com cidades lindas como San Francisco”, disparou, num misto de indignação e campanha eleitoral antecipada. E logo ele, que sempre fez da lei e ordem um de seus cavalos de batalha.
Não é Só Conversa Fiada?
Bom, a pergunta que fica é: até onde ele pode ir? Tecnicamente, um presidente tem ferramentas para interferir em questões estaduais e municipais sob certas condições – especialmente se alegar falha grave na segurança ou na aplicação da lei. Mas esbarraria numa enxurrada de desafios legais e políticos, claro.
Além do mais, governadores e prefeitos desses estados já começaram a reagir. Chamaram a proposta de “autoritária” e “eleitoreira”. Disse um deles: “Ele acha que é rei? Aqui a gente resolve nossos problemas, obrigado”.
O fato é que, real ou não, a ameaça já cumpre seu papel: mobiliza a base, gera manchetes e joga lenha na fogueira da polarização americana. E Trump sabe disso melhor que ninguém.
Resta saber se isso é só bravata ou um preview do que está por vir caso ele, de fato, volte ao poder. Uma coisa é certa: o debate sobre até onde vai o poder federal está longe de acabar.