
O Afeganistão mergulhou num verdadeiro apagão digital esta semana. E não foi por acidente ou falha técnica — foi decisão consciente do Talibã, que simplesmente puxou o plug da conectividade no país.
Imagine acordar e descobrir que não tem mais internet no seu celular. Nem ligações telefônicas funcionam direito. Pois é exatamente isso que milhões de afegãos estão enfrentando, numa situação que beira o surreal no século XXI.
O controle através do silêncio
As justificativas? Ah, as sempre vagas "atividades imorais". Parece aquela desculpa esfarrapada que todo autoritário usa quando quer calar vozes dissonantes. O Talibã alega que precisa proteger a moralidade pública, mas qualquer um com meio cérebro percebe o que realmente está por trás disso: controle puro e simples.
E não é de hoje que essa turma anda de olho no que rola online. Desde que retomou o poder em 2021, vem apertando o cerco gradualmente. Primeiro foram as redes sociais, depois aplicativos de mensagem, e agora — pasmem — cortaram até o básico, a telefonia móvel.
Consequências reais para pessoas reais
O que significa na prática esse bloqueio? Bom, para começar:
- Famílias não conseguem falar com parentes no exterior
- Negócios que dependem de internet simplesmente paralisaram
- Jornalistas e ativistas perderam canais de comunicação vital
- Estudantes ficaram sem acesso à educação online
É uma espécie de castigo coletivo, se você parar para pensar. E o pior: ninguém sabe quando — ou se — a situação vai voltar ao normal.
Curiosamente (ou não), as áreas mais afetadas são justamente aquelas onde a resistência ao regime é mais forte. Coincidência? Difícil acreditar.
Um padrão preocupante
O Talibã parece estar revivendo seus velhos hábitos dos anos 90, só que agora com um twist digital. Antes era mais simples — bastava controlar a TV e o rádio. Hoje, a batalha é muito mais complexa, e eles parecem dispostos a simplesmente eliminar o campo de jogo inteiro.
E sabe o que é mais irônico? Enquanto cortam a internet para a população, os próprios líderes talibãs continuam usando redes sociais e se comunicando normalmente. Hipocrisia pura, né?
A comunidade internacional, claro, soltou as habituais notas de repúdio. Mas no fundo, todo mundo sabe que palavras não vão religar os cabos que foram cortados. A situação no Afeganistão parece cada vez mais um daqueles filmes distópicos — só que, infelizmente, é a realidade de milhões.
O que vem por aí? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: quando um governo tem medo da própria população se comunicar, geralmente é porque tem muito a esconder.