David Schürmann sobre vitória de Trump: "Um retrocesso colossal para o mundo inteiro"
Schürmann sobre Trump: "Retrocesso gigantesco"

Não é todo dia que um cineasta brasileiro resolve dar seu palpite sobre os rumos da política internacional, mas quando David Schürmann fala, vale a pena escutar. E olha, ele não está nada otimista.

"Foi um retrocesso gigantesco", dispara, sem rodeios. A gente até para para digerir a afirmação. Ele se refere, claro, à recente eleição de Donald Trump nos Estados Unidos - aquele evento que deixou meio mundo de cabelo em pé.

O que está por trás da preocupação

Schürmann, que sempre teve uma visão bastante global das coisas - herança talvez de seus projetos internacionais -, enxerga na vitória trumpista muito mais do que uma simples alternância de poder. Para ele, é como se o mundo tivesse dado marcha ré em várias conquistas que pareciam consolidadas.

"É assustador", confessa, com aquela voz que mistura preocupação genuína com uma pitada de incredulidade. "A gente pensava que certos valores já estavam estabelecidos, mas parece que não estavam."

Um fenômeno global

O que mais preocupa o cineasta não é apenas o que acontece dentro das fronteiras americanas. É o efeito dominó. Como uma pedra jogada no lago - das grandes -, as ondulações atingem todo mundo.

E ele tem razão, não tem? Basta olhar em volta. De repente, discursos que pareciam enterrados ressurgem com força total. É como se alguém tivesse aberto a porta para coisas que a gente jurava que estavam no passado.

Entre a arte e a política

Schürmann sempre transitou entre o Brasil e o exterior, então sua perspectiva tem esse sabor especial de quem vê as coisas de múltiplos ângulos. E dessa posição privilegiada, ele enxerga tempestades se formando.

"É preocupante para a democracia como um todo", reflete. E aqui vem a parte que dá mais calafrios: "Não é só nos Estados Unidos, é um movimento mundial."

Pensa bem. Quando ele fala isso, não é alarmismo barato. É a constatação de quem tem os pés no chão e os olhos no horizonte.

O que nos espera?

O futuro, nas palavras de Schürmann, parece carregado de incertezas. E o pior? Ele acredita que ainda não vimos tudo. "Vamos ver nos próximos anos", prevê, com aquele tom de quem gostaria estar enganado, mas duvida que está.

É como assistir a um filme de suspense onde você já sabe que o vilão vai aparecer, mas não faz ideia de quando ou como. Só sabe que vai.

No fim das contas, a análise de Schürmann serve como um alerta. Um daqueles que a gente às vezes ignora, mas que depois se arrepende amargamente. Resta saber se estamos dispostos a escutar.