
Não é todo dia que um líder político — especialmente um com a experiência de Benjamin Netanyahu — vê seu poder escorrer pelos dedos como areia no deserto. Mas eis que o primeiro-ministro israelense está, literalmente, pisando em ovos.
A decisão de avançar com operações militares em Gaza sem apoio internacional virou um tiro pela culatra. E como! Até aliados históricos estão torcendo o nariz. O que era para ser uma demonstração de força se transformou num jogo perigoso de xadrez político.
Isolamento que dói no bolso
O custo? Bilhões em relações comerciais congeladas, embaixadores chamados para consultas e — pasmem — até ameaças de sanções. A União Europeia, que nunca foi lá muito fã do governo Netanyahu, agora fala abertamente em "consequências severas".
Dentro de Israel, a situação não é melhor:
- Protestos diários em Tel Aviv
- Coalição de governo rachando
- Até militares aposentados criticando a estratégia
E olha que nem estamos falando da opinião pública palestina, que obviamente está... digamos, "menos que satisfeita".
O preço político
Analistas dizem que Netanyahu jogou sua popularidade no lixo — ou melhor, numa vala comum de Gaza. As pesquisas mostram queda livre: de 58% de aprovação para meros 34% em três semanas. Alguém esqueceu de avisar que guerras não ganham eleições?
E tem mais: o governo americano, normalmente aliado incondicional, está estranhamente quieto. Será que Biden finalmente acordou para o fato de que apoiar Israel cegamente não rende votos em ano eleitoral?
Enquanto isso, nas ruas de Jerusalém, o clima é de "já vimos esse filme antes". Só que desta vez, o final pode ser diferente — e Netanyahu sabe disso.