
E aí, o mundo para pra ouvir quando Benjamin Netanyahu abre a boca. E dessa vez, não foi diferente. Numa daquelas falas que ecoam pelos corredores do poder internacional, o premiê israelense deixou uma coisa bem clara: Israel não vai recuar. Não agora, não tão cedo.
Parece que a poeira não vai baixar por enquanto. A ofensiva militar israelense nos territórios palestinos — sim, aquela que a gente vê nos noticiários e que dói só de assistir — vai continuar de vento em popa. A declaração, feita com aquela convicção de quem não está nem aí para opinião alheia, joga um balde de água fria em quem esperava um cessar-fogo.
Netanyahu, sabe como é, sempre com o dedo no gatilho e o discurso afiado. Ele não deu detalhes operacionais — esses a gente só descobre depois, quando a fumaça já tomou conta —, mas a mensagem foi cristalina: não há espaço para negociar sob fogo. A postura é de força, e ponto final.
E o resto do mundo? Assistindo.
Enquanto isso, a comunidade internacional fica ali, naquele vai e vem de condenações e pedidos de moderação. Mas é aquilo: discurso é discurso, e míssil é míssil. O fato é que a região segue um barril de pólvora, e Netanyahu parece estar com o isqueiro na mão.
Não me surpreende, pra ser sincero. A história recente já mostrou que esse governo não costuma recuar quando se sente ameaçado. E agora, com a justificativa de segurança nacional em jogo, a narrativa é de guerra total.
O que vai sobrar disso? Bom, a gente sabe. Mais destruição, mais gente sem casa, mais histórias truncadas de um conflito que já deveria ter virado página faz tempo. Mas parece que ninguém lembra onde deixou o livro.
Enquanto os holofotes estão em Netanyahu, do outro lado a realidade é de cortar o coração. Famílias palestinas seguem na corda bamba, entre escombros e o desespero de não saber se amanhã vão acordar. É guerra — nua e crua.
E assim segue o script. Um fala, o outro sofre. E o mundo? O mundo gira, mas pra alguns, ele parece ter parado faz tempo.