
O clima em Oslo está simplesmente elétrico — e não é por causa do frio norueguês. Nas últimas horas, algo extraordinário aconteceu no mundo das apostas políticas: Maria Corina Machado, aquela mesma venezuelana que teima em desafiar regimes autoritários, virou o jogo completamente.
As casas de apostas, que normalmente são mais frias que o inverno escandinavo, praticamente entraram em combustão. A probabilidade de Machado levar o prêmio mais cobiçado do planeta saltou de meros 15% para impressionantes 85% em questão de horas. Alguém sabe de algo que nós não sabemos?
O que está por trás desta reviravolta?
Bom, o Comitê Nobel norueguês sempre foi um tanto… imprevisível. Mas desta vez, os sinais são mais claros que vodka gelada. Especula-se — e aqui entramos no terreno das fofocas bem fundamentadas — que a nomeação tem tudo a ver com a coragem quase temerária de Machado em enfrentar o governo Maduro.
Não é pouca coisa, convenhamos. Enquanto muitos preferem o silêncio diplomático, ela ergue a voz como se microfones fossem escassos. Sua luta por eleições livres e direitos humanos na Venezuela parece ter tocado o coração — ou a consciência — dos jurados.
O timing, diga-se de passagem, é perfeito. Com a situação política na América Latina mais instável que barco em tempestade, premiar uma defensora da democracia mandaria uma mensagem poderosa. Muito poderosa.
E os outros concorrentes?
Ah, a concorrência não está nada feliz. Os ativistas climáticos, que até ontem dominavam as apostas, viram suas chances desabarem como bolsa em crise. A Organização Mundial da Saúde, outra forte candidata, agora parece mero coadjuvante neste drama.
O que me faz pensar: será que o Comitê Nobel cansou de premiar instituições e decidiu apostar em pessoas? Pessoas com rosto, história e — por que não? — vulnerabilidades.
Maria Corina representa exatamente isso: a coragem individual contra máquinas estatais. Algo que, convenhamos, está em falta no mundo atual.
O silêncio que fala mais alto
O mais curioso em tudo isso é o absoluto mutismo do Comitê. Eles são mais herméticos que cofre de banco suíço. Nenhum vazamento, nenhum indicativo — apenas este tremor sísmico nas casas de apostas.
Particularmente, acho fascinante como o mercado consegue, às vezes, sentir no ar o que os analistas não conseguem ver com todos os dados do mundo. É quase uma intuição coletiva — ou informação privilegiada disfarçada de sorte.
Se eu fosse apostar — e não estou dizendo que você deva — colocaria minhas fichas na venezuelana. Há um cheiro de mudança no ar, e Oslo parece determinada a surpreender o mundo mais uma vez.
Resta esperar. Amanhã, às 11h (horário local), saberemos se as apostas estavam certas ou se teremos a surpresa do século. Uma coisa é certa: o prêmio Nobel da Paz nunca foi tão… emocionante.