
Parece que Emmanuel Macron não perde tempo mesmo. Mal se passaram quatro dias desde que Gabriel Attal deixou o cargo de primeiro-ministro da França, e eis que o presidente francês já apresenta seu substituto: Sébastien Lecornu, até então ministro das Forças Armadas.
O anúncio oficial saiu nesta terça-feira, mas os bastidores devem ter sido de muita correria — quem diria que em menos de uma semana o Palácio do Eliseu já teria resolvido essa questão tão crucial?
Quem é esse novo nome?
Sébastien Lecornu não chega exatamente como um desconhecido no cenário político francês. Com apenas 37 anos — sim, você leu certo —, ele já acumula uma trajetória impressionante. Antes de assumir a pasta da Defesa, passou pelo Ministério do Ultramar e até pela pasta de Transição Ecológica.
Mas o que mais chama atenção é sua idade. Um primeiro-ministro tão jovem numa França que enfrenta desafios tão complexos... É coragem ou audácia? Talvez um pouco dos dois.
O que significa essa mudança?
Analisando de fora, parece claro que Macron busca oxigenar seu governo. Lecornu representa uma geração mais nova, com ideias frescas — pelo menos é o que se espera. E convenhamos, depois dos protestos dos coletes amarelos e da crise das reformas, talvez uma nova abordagem seja exatamente o que o médico francês receitou.
O timing também é curioso. A Europa vive momentos de tensão com a guerra na Ucrânia e as incertezas econômicas. Ter um novo primeiro-ministro nesse contexto é como trocar o piloto no meio de uma tempestade — arriscado, mas potencialmente brilhante.
E o que ficou para trás?
Gabriel Attal, o antecessor, não durou nem seis meses no cargo. Na política francesa recente, isso nem chega a ser surpresa — parece que a rotatividade no Palácio do Eliseu está mais alta que a Bolsa de Paris em dia de volatilidade.
Resta saber se Lecornu terá mais sorte. Ou melhor, se terá mais habilidade política para navegar pelas águas turbulentas do governo Macron.
Uma coisa é certa: os próximos capítulos da política francesa prometem. Com um primeiro-ministro jovem, um presidente que não tem medo de mudanças rápidas e um cenário internacional que parece saído de um romance de suspense político, dificilmente vamos nos entediar.
Como diriam os franceses: «Vive la France!» — mas talvez devessem acrescentar: «et sa politique imprévisible!»