
Numa dessas ligações que podem virar o jogo — sabe como é —, o presidente Lula pegou o telefone nesta quarta-feira e discou direto para Pequim. Do outro lado da linha, ninguém menos que Xi Jinping, o homem forte da China. E olha, o papo foi longe.
Segundo fontes próximas ao Planalto, os dois mandatários bateram um longo papo — coisa de 50 minutos — sobre tudo um pouco: comércio bilateral (claro), investimentos em infraestrutura (óbvio), mas também sobre aquela velha história de multipolaridade que anda na moda nos círculos diplomáticos.
Os pontos quentes da conversa
Xi, sempre aquele sujeito calculista, teria destacado o potencial do Brasil como "parceiro estratégico" — termo que os chineses não jogam por aí à toa. Lula, por sua vez, fez aquela jogada clássica dele de equilibrar pragmatismo e ideologia:
- Falou em "relações Sul-Sul" com aquele jeito característico
- Citou os BRICS como se fosse um clube do bolinha — mas dos grandes
- E claro, não deixou passar a chance de cutucar o "unilateralismo" (leia-se: EUA)
Curiosamente, enquanto o mundo vive aquele rebuliço com Taiwan, o assunto mal foi roçado — estratégia? Quem sabe.
E os números?
Pois é, não dá pra ignorar: a China já é nosso maior parceiro comercial há tempos, com um fluxo que beira os US$ 150 bilhões anuais. Mas o que chamou atenção foi a menção específica a:
- Tecnologia 5G (a Huawei agradece)
- Energias renováveis (os chineses dominam o jogo)
- E até cooperação espacial — sim, o programa espacial brasileiro pode ganhar um gás
Não fosse o fuso horário, dá pra imaginar Lula convidando Xi pra um cafezinho no Alvorada. Brincadeiras à parte, a relação parece estar num momento... digamos, especial.
E você, acha que essa aproximação vai além da retórica? O tempo — e os contratos bilionários — dirão.