
Numa daquelas falas que ecoam pelos corredores do poder internacional, Lula soltou o verbo em Bogotá. E como soltou! O presidente brasileiro não economizou críticas ao ex-mandatário americano Donald Trump, numa clara mensagem sobre como não se conduzem as relações entre nações.
"Tem gente que acha que pode decidir sozinho o rumo do mundo", disparou Lula, com aquela cara de poucos amigos que conhecemos bem. A referência? Cristalina. Trump e sua obsessão por políticas unilaterais levaram um pito das boas.
O Mundo Não é um Playground para Caprichos Presidenciais
Parece óbvio, mas alguém precisava dizer: países não são ilhas. Lula foi direto ao ponto - a complexidade dos problemas globais exige muito mais que decisões solitárias de um único líder. A fala ocorreu durante encontro com Gustavo Petro, presidente colombiano, mostrando que a sintonia entre os dois vai além de cortesias diplomáticas.
O brasileiro defendeu com unhas e dentes a soberania das nações. E aqui vai um ponto crucial: soberania não significa isolamento. Pelo contrário! Significa capacidade de dialogar de igual para igual, sem submissões ou arrogância.
Multilateralismo: Mais que um Conceito, uma Necessidade
Lula foi categórico: "Precisamos de mais instâncias multilaterais, não menos". A crítica à postura trumpista de enfraquecer organismos internacionais foi evidente. O subtexto? O mundo pós-pandemia exige cooperação, não egoísmo nacionalista.
E tem mais: o presidente brasileiro vinculou soberania à capacidade de cada nação de garantir o bem-estar de sua população. Uma jabuticaba? Não, senso comum que alguns parecem ter esquecido.
As Críticas Indiretas que Soam como Trovões
Embora não nomeasse explicitamente Trump em todos os momentos, as referências eram transparentes como água de coco. A rejeição ao isolacionismo e ao unilateralismo ecoou pelo salão, arrancando assentimentos visíveis da plateia.
Lula aproveitou para defender a integração regional - outra farpa direta no modelo trumpista que tratava aliados como adversários e adversários como... bem, ninguém realmente sabe.
O recado estava dado: o Brasil está de volta ao jogo multilateral, e não aceitará lições de quem acha que diplomacy se resume a tweets agressivos e decisões impulsivas.
No final das contas, o discurso em Bogotá reforçou uma posição que muitos esperavam do governo Lula: assertiva, soberana e profundamente comprometida com um mundo onde várias vozes sejam ouvidas. E que fique claro: sozinho, ninguém segura a peteca das complexidades globais.