
Imagine crianças de 12 anos manuseando drones como se fossem brinquedos — só que, em vez de diversão, o objetivo é defesa nacional. Pois é exatamente isso que a Lituânia está colocando em prática, e o motivo não é nenhum segredo: a tensão com a Rússia.
Não é ficção científica, nem roteiro de filme apocalíptico. O governo lituano decidiu que, diante da ameaça constante do vizinho gigante, é melhor preparar até os mais novos. E como? Com aulas que misturam tecnologia e estratégia militar.
Drones nas mãos de crianças: exagero ou necessidade?
Os críticos torcem o nariz. "Treinar crianças para guerra? Isso é absurdo!", dizem alguns. Mas os defensores rebatem: "Se a Ucrânia ensinou algo, é que a preparação começa cedo". A Lituânia, que faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, sabe que não pode dar chance ao azar.
Os cursos — sim, já começaram — incluem:
- Controle básico de drones
- Noções de reconhecimento aéreo
- Simulações de cenários de conflito
"Não estamos criando soldados mirins", explica um oficial do Ministério da Defesa. "Estamos dando habilidades que podem salvar vidas se o pior acontecer." Difícil argumentar contra isso, não?
Entre brincadeiras e guerra real
O programa, que lembra aqueles clubes de robótica escolares — só que com um twist geopolítico — já tem fila de espera. Pais preocupados com o futuro inscrevem os filhos, enquanto educadores debatem os limites entre preparação e alarmismo.
Enquanto isso, na fronteira...
— A Rússia aumenta seus exercícios militares
— A OTAN monitora cada movimento
— E a Lituânia? Ensina crianças a decifrar imagens de drones
Parece surreal, mas é a nova realidade na região. Resta saber: até onde vai a escalada? E será que outras nações seguirão o exemplo? Uma coisa é certa — o mundo não está mais no tempo em que bastava esconder-se debaixo da carteira escolar durante exercícios de bombardeio.