O Japão está prestes a virar uma página importantíssima em sua história política. Depois de séculos — literalmente — de liderança masculina, o país finalmente terá uma mulher no comando. A notícia, que está correndo solta nos meios de comunicação japoneses, aponta Yoko Kamikawa, atual ministra das Relações Exteriores, como a sucessora de Fumio Kishida.
E olha só o timing: Kishida anunciou que vai renunciar ao cargo de primeiro-ministro nesta sexta-feira. O partido no poder, LDP, já está se movimentando nos bastidores para confirmar Kamikawa como a nova chefe de governo. Uma mudança e tanto!
Quem é a mulher que pode fazer história?
Yoko Kamikawa não é nenhuma novata na política. Aos 70 anos, ela já acumula uma carreira sólida — foi ministra da Justiça em dois momentos diferentes e agora comanda a pasta das Relações Exteriores. Formada em Direito, ela tem uma trajetória que inspira muitas japonesas que sonham em ocupar espaços de poder.
O curioso é que ela assume num momento bastante delicado. O governo Kishida enfrentava críticas pesadas por causa de um escândalo financeiro envolvendo seu partido. Parece que a população cansou dessa velha política — e Kamikawa pode representar o sopro de ar fresco que tanto precisam.
Por que isso é tão significativo?
O Japão, convenhamos, nunca foi exatamente um exemplo quando o assunto é igualdade de gênero na política. Nos rankings internacionais, ocupa posições bem modestas — atrás de vários outros países desenvolvidos. Ter uma mulher no comando pode ser o empurrão que faltava para mudar esse panorama.
E não é só simbólico, tá? A presença feminina no topo do governo pode influenciar políticas públicas, prioridades orçamentárias e até a maneira como o país se relaciona internacionalmente. Quem sabe não surge uma abordagem diferente para questões trabalhistas, familiares ou sociais?
O fato é que sexta-feira promete ser um dia histórico. Enquanto Kishida deixa o cargo após quase três anos no poder, Kamikawa prepara-se para assumir um posto que nenhuma mulher ocupou em toda a história japonesa. Uma quebra de barreira que muitos achavam que demoraria ainda décadas para acontecer.
Restam poucos detalhes a acertar, mas tudo indica que a mudança está mesmo a caminho. O Japão — e o mundo — aguardam ansiosos por esse momento que, sem dúvida, marcará um antes e um depois na política asiática.
