Parece que o tão falado acordo de paz do ex-presidente americano Donald Trump acabou de levar um chute direto no estômago. E quem aplicou o golpe? Nada menos que Yahya Sinwar, o todo-poderoso chefe militar do Hamas na Faixa de Gaza.
Em uma entrevista que tem tudo para virar fogo nas redes mundiais - concedida à BBC, diga-se de passagem - o homem forte do grupo palestino não deixou pedra sobre pedra. A proposta trumpiana? "Não vale o papel em que foi escrita", disparou Sinwar, com aquela frieza que já virou sua marca registrada.
O que realmente está por trás da rejeição?
Ah, mas não pense você que foi apenas um não por dizer não. O líder do Hamas foi mais fundo, muito mais fundo. Segundo ele, os Estados Unidos sempre foram - e continuam sendo - um "mediador tendencioso", para usar um termo leve. Na prática? Washington estaria sempre puxando a sardinha para o lado de Israel, deixando os palestinos como coadjuvantes em sua própria história.
E aqui vem a parte que realmente dói: Sinwar basicamente chamou o plano de fachada. Uma cortina de fumaça para maquiar o que ele chama de "aliança estratégica entre EUA e Israel". Forte, não?
O contexto que muitos ignoram
Enquanto isso, do outro lado do muro - literalmente - a situação em Gaza continua sendo daquelas que dão nó no estômago. Bloqueio econômico, tensão constante, população vivendo no fio da navalha... É nesse caldeirão fervente que Sinwar solta suas declarações.
E tem mais: o tal plano de Trump, que já estava meio que encalhado desde que deixou a Casa Branca, agora parece ter recebido a pá de cal definitiva. Resta saber como Washington vai reagir a essa afronta pública - porque, convenhamos, rejeição em entrevista mundial é bem diferente de um não enviado por telegrama diplomático.
O que me pergunto é: será que alguém realmente acreditava que o Hamas abraçaria uma proposta americana? Às vezes a política internacional parece aquela novela mexicana - todo mundo sabe como vai terminar, mas acompanha mesmo assim.
E agora, José?
O fato é que essa rejeição barulhenta joga ainda mais lenha numa fogueira que já estava bem acesa. Com Sinwar fechando a porta com estrondo e Trump longe do poder, o processo de paz entre Israel e Palestina parece ter voltado à estaca zero. Ou pior: nem saiu dela direito.
Enquanto isso, a população de Gaza segue na corda bamba, entre discursos inflamados e realidades duríssimas. E o mundo? O mundo assiste, mais uma vez, a mais um capítulo desse conflito que já dura gerações.
