
Nada como um dia de eleições para virar de cabeça para baixo a rotina na fronteira, não é mesmo? Pois é, quem depende da passagem entre Brasil e Bolívia teve que se virar nos 30 neste domingo (17/08).
Enquanto os bolivianos escolhiam seu novo presidente — ou talvez reelegeriam o atual, quem sabe? —, os portões ficaram mais fechados que caixa-forte de banco. E olha que não foi por falta de aviso: a medida já estava prevista há semanas, mas sempre tem aquele gato pingado que se surpreende.
O que fechou (e o que não fechou)
Ponto a ponto:
- Passagem de pedestres? Nem pensar. Parecia aqueles filmes de fronteira em guerra.
- Carga internacional? Só se fosse urgente — e com autorização especial, claro.
- Emergências médicas? Aí sim, graças a Deus. Até porque ninguém marca infarto.
Os comerciantes de Corumbá (MS) — sim, a cidade que fica coladinha na fronteira — ficaram com cara de quem tomou susto. "A gente sabe que é importante a segurança, mas o prejuízo é certo", reclamou um dono de mercadinho, que preferiu não se identificar. E não é pra menos: o movimento caiu mais que ação de empresa falida.
E os turistas?
Ah, esses coitados... Imagine chegar de viagem e descobrir que seu roteiro virou pó? Teve gente que teve que refazer planos na hora — e olha que hotel em última hora não é barato. "Paguei caro para conhecer o Pantanal e agora não posso cruzar para a Bolívia", lamentou uma turista paulista, visivelmente irritada.
Mas calma, não foi o fim do mundo. A Polícia Federal montou um esquema especial — desses que dão até orgulho — para orientar os viajantes desavisados. E pasme: funcionou melhor que muito aplicativo por aí.
Por que tudo isso?
Bom, eleição na Bolívia não é brincadeira. Depois daquela confusão toda em 2019 — lembra? —, o governo resolveu não dar mole. "É medida de segurança padrão", explicou um oficial, com aquele jeito burocrático que só eles têm.
E olha que interessante: enquanto aqui no Brasil a gente vota em domingo e vida que segue, nossos vizinhos levam o assunto tão a sério que até fecham as fronteiras. Faz pensar, não?
Para completar, o clima na região estava mais tenso que corda de violino. Teve até rumor — só rumor, viu? — de que poderia ter protestos. No final, tudo correu em paz, mas melhor prevenir que remediar, como diz minha avó.
E agora? Agora é torcer para que a poeira baixe rápido e a vida volte ao normal na fronteira. Até porque, convenhamos, ninguém merece ficar muito tempo sem aquele choripán boliviano, não é mesmo?