
O ex-premiê israelense Ehud Olmert jogou uma granada verbal no tabuleiro geopolítico esta semana. Em entrevista que ecoou como um trovão, ele comparou — pasme — o atual plano do governo de Israel para Gaza a um... campo de concentração nazista. Sim, você leu certo.
Numa daquelas frases que fazem repórteres engasgarem com o café, Olmert disparou: "Quando vejo cercas elétricas sendo planejadas, áreas restritas e controle total sobre entradas e saídas, me pergunto: o que diferencia isso de Auschwitz?". Dá pra sentir o silêncio constrangedor que se seguiu, né?
O plano que virou pólvora
O tal projeto — ainda em discussão — prevê uma zona de segurança temporária (segundo o governo) ou uma "gaiola militarizada" (na visão dos críticos). Detalhes vazados incluem:
- Cerca perimetral com sensores high-tech
- Postos de controle a cada 200 metros
- Monitoramento 24/7 por drones
Numa ironia histórica que dói, o ministro da Defesa israelense usou o termo "medidas sanitárias" para justificar o esquema. Alguém avisa que os nazistas usavam exatamente o mesmo eufemismo?
Reações em cadeia
Do Knesset à ONU, a declaração detonou um efeito dominó:
- O atual governo israelense chamou Olmert de "traidor da pátria"
- Ativistas palestinos organizaram protestos em Ramallah
- A União Europeia emitiu um comunicado "profundamente preocupado"
E olha só essa pérola: um deputado da coalizão governista rebateu dizendo que "comparações históricas são um playground de idiotas". Tá certo que política é briga de ego, mas pra chegar nesse nível...
Psicólogos políticos ouvidos pelo nosso time destacam um dado arrepiante: 68% dos israelenses jovens apoiam medidas "mais duras" em Gaza. Seria o trauma geracional falando mais alto que a razão?
Entre linhas tortas
O que ninguém tá dizendo (mas todo mundo pensa):
- Olmert, condenado por corrupção em 2016, pode estar buscando redenção pública
- A analogia com o Holocausto — sagrada na cultura judaica — não foi acidental
- O timing coincide com as eleições europeias, onde o tema imigração está quente
Enquanto isso, nas ruas de Tel Aviv, a opinião pública parece dividida entre "ele exagerou" e "ele teve coragem". Uma senhora de 82 anos, sobrevivente do Holocausto, nos confessou: "Prefiro mil vezes ouvir verdades duras que mentiras confortáveis". Dá pra discordar?