Não é todo dia que a política de imigração dos Estados Unidos dá um giro tão abrupto. Dessa vez, o alvo são os palestinos da Faixa de Gaza — e a notícia não é nada boa para quem planejava cruzar o Atlântico.
Segundo fontes oficiais, o Departamento de Estado americano congelou a emissão de vistos para residentes de Gaza sem previsão de retomada. O que era um trâmite burocrático complicado virou, de repente, uma porta fechada a cadeado.
Por trás da cortina de fumaça
O governo Biden — que já levou pedradas de todos os lados por sua política no Oriente Médio — alega "questões de segurança". Mas entre os especialistas, o burburinho é outro:
- Pressão de grupos conservadores no Congresso
- O fantasma dos ataques de 7 de outubro ainda assombrando as decisões
- Um cálculo eleitoral pouco disfarçado em ano de campanha presidencial
"É um tiro no pé diplomático", dispara um analista que preferiu não se identificar. "Enquanto isso, famílias com parentes nos EUA ficam no limbo — alguns com processos encalhados há anos."
Efeito dominó
Nos corredores da ONU, a medida já causa arrepios. Afinal:
- Gaza vive sua pior crise humanitária em décadas
- Muitos dependem de reunificação familiar como única saída
- O precedente pode inspirar outros países a seguir o mesmo caminho
Curiosamente, a suspensão não atingiu a Cisjordânia — o que levanta ainda mais sobrancelhas. Seria uma divisão arbitrária ou há critérios não revelados? O Departamento de Estado se mantém hermético.
Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #GazaVisaBan já viraliza. De um lado, apoiadores da medida comemoram "mais segurança". Do outro, ativistas denunciam "coletivização de culpa".
Uma coisa é certa: no xadrez geopolítico, peças pequenas continuam sendo sacrificadas em nome de jogadas maiores. E desta vez, os palestinos de Gaza é que pagam o preço.
