
Parece que os ventos estão mesmo mudando na política internacional. Enquanto muitos observavam outros palcos globais, Estados Unidos e Argentina costuraram nos bastidores um acordo que promete, sim, fazer diferença no tabuleiro econômico sul-americano.
O Departamento do Tesouro americano — aquela máquina poderosa que controla as cordas financeiras globais — resolveu estender a mão ao governo de Javier Milei. E não foi um aperto de mão qualquer: trata-se de um apoio financeiro substantivo, daqueles que fazem os mercados suspirarem aliviados.
Um socorro chegado na hora certa
A situação por lá não estava nada fácil, convenhamos. Com a economia argentina dando sinais claros de cansaço — inflação nas alturas, reservas minguando — esse apoio americano chega como um balde de água fria no deserto. Algo como encontrar um oásis quando se está quase desmaiando de sede.
Os detalhes técnicos? Bem, ainda estão sendo costurados nos gabinetes climatizados de Washington e Buenos Aires. Mas as linhas gerais já deixam claro: os americanos não estão brincando de fazer caridade. Há interesses estratégicos por trás dessa movimentação, é óbvio.
Por que agora?
Essa é a pergunta que não quer calar. O timing é tudo na política internacional, e esse anúncio vem num momento particularmente sensível. Especialistas que acompanham o tema já sussurram sobre uma possível reconfiguração de alianças na região.
Não me leve a mal, mas Washington não costuma distribuir ajuda financeira assim, de graça. Há sempre uma estratégia por trás — seja para conter influências rivais, seja para garantir mercados futuros. É o jogo de xadrez global que todos conhecemos, só que com peças cada vez mais móveis.
O que me faz pensar: será que estamos testemunhando os primeiros movimentos de uma nova política americana para a América do Sul? Difícil dizer ainda, mas os sinais são interessantes.
E o Brasil nessa história?
Bom, nosso país tradicionalmente tem seu próprio relacionamento com os hermanos — às vezes caloroso, outras vezes nem tanto. Esse movimento americano certamente será analisado com lupa em Brasília.
Afinal, quando o vizinho recebe visitas importantes, é natural ficar de olho. Principalmente quando essas visitas trazem malas de dinheiro e promessas de cooperação.
O certo é que os próximos capítulos dessa novela prometem. Enquanto isso, os mercados já começam a se ajustar à nova realidade. A dança das cadeiras internacionais nunca para — e essa música parece estar ficando especialmente interessante.