
Eis que a Coreia do Sul resolveu cutucar o vespeiro novamente. Nesta quinta-feira (16), o governo de Seul anunciou que está tentando reativar um acordo militar com a Coreia do Norte — sim, aquele mesmo que foi suspenso em 2016 e deixou todo mundo de cabelo em pé.
Parece brincadeira, mas não é. O ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik, soltou a bomba durante uma entrevista coletiva. Segundo ele, a ideia é "reduzir tensões e evitar mal-entendidos" na região mais explosiva do planeta. Será que vai colar?
O que está por trás dessa jogada?
Para entender essa novela, precisamos voltar um pouco no tempo. Em 2018, os dois países assinaram um Acordo Militar Abrangente — coisa rara, considerando que estão tecnicamente em guerra desde os anos 1950. Mas, como tudo na vida, durou pouco.
- 2016: Acordo original suspenso após testes nucleares do Norte
- 2018: Retomada das negociações em clima de otimismo
- 2020: Tudo por água abaixo com novos testes de mísseis
Agora, com o governo conservador de Yoon Suk Yeol no poder, a Coreia do Sul parece estar "jogando xadrez com luvas de boxe", como dizem por lá. De um lado, pressionam por sanções; de outro, estendem o ramo de oliveira militar. Confuso? Nem tanto.
Os desafios pela frente
Quem acompanha o noticiário internacional sabe: a Coreia do Norte não é exatamente "fácil de lidar". Kim Jong-un anda mais imprevisível que previsão do tempo em dia de temporal. Nos últimos meses:
- Lançou mísseis balísticos como se fossem fogos de artifício
- Ameaçou "aniquilar" a Coreia do Sul em discursos inflamados
- Ignorou todas as tentativas de diálogo dos vizinhos
E tem mais: analistas políticos apontam que a China — aquela mesma que é "amiga" dos dois lados — pode estar torcendo o nariz para essa reaproximação. Afinal, Pequim não quer ninguém cutucando seu quintal estratégico.
Enquanto isso, nas ruas de Seul, a população parece dividida. "Já tentamos isso antes e não deu certo", reclama um comerciante. "Mas e se dessa vez funcionar?", espera uma estudante universitária. O clima é de "cautela com pitadas de esperança" — ou seria esperança com toneladas de cautela?