
Em um movimento conjunto, Brasil e Índia reforçaram nesta terça-feira (9) o pedido por assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Os dois países argumentam que a estrutura atual do órgão não reflete mais a realidade geopolítica do século XXI.
Os representantes das nações destacaram que a reforma é essencial para garantir maior representatividade e legitimidade nas decisões globais. "O mundo mudou, e o Conselho de Segurança precisa acompanhar essa evolução", afirmou o embaixador brasileiro durante o discurso.
Por que a mudança é necessária?
Atualmente, o Conselho de Segurança é composto por 15 membros, sendo apenas 5 permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) com direito a veto. Essa configuração remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial e ignora potências emergentes:
- Brasil é a 9ª maior economia do mundo
- Índia ultrapassou a China como país mais populoso
- África não tem representação permanente
- América Latina tem apenas membros rotativos
Próximos passos
Apesar do apoio de mais de 120 países à reforma, o processo enfrenta resistência dos atuais membros permanentes. Analistas apontam que as negociações devem se intensificar nos próximos meses, com possíveis alianças entre:
- Grupo dos 4 (Brasil, Índia, Japão e Alemanha)
- Nações africanas
- Países árabes
Especialistas alertam que sem mudanças, a credibilidade da ONU pode ser comprometida em meio aos principais desafios globais, como conflitos internacionais e crises climáticas.