
Parece que os ânimos estão mesmo acirrados no cenário internacional, não é mesmo? O Itamaraty soltou a voz esta semana, e não foi num tom amistoso. A coisa ficou séria depois que um alto oficial militar dos Estados Unidos — sim, a maior potência do mundo — soltou uma daquelas frases que a gente nunca espera ouvir dirigidas ao nosso país.
Numa atitude que mistura indignação e uma pitada de incredulidade, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu uma nota oficial de repúdio. E não foi qualquer nota. Foi um daqueles comunicados diretos, sem rodeios, que deixam claro que certos limites foram ultrapassados. A mensagem? Simples e direta: o Brasil não admite, sob hipótese alguma, ameaças à sua soberania.
O estopim dessa crise diplomática — porque é disso que se trata — foi uma declaração feita por um representante do governo dos Estados Unidos. Durante uma entrevista coletiva, esse oficial deixou escapar, ou talvez tenha dito de propósito, que "todas as opções estão sobre a mesa" em relação ao Brasil, incluindo, pasmem, a possibilidade de uma ação militar.
Imagina só. A gente vive num mundo tão complicado, com tantos problemas reais, e vem uma declaração dessas? O Itamaraty, é claro, não ficou quieto. A resposta foi rápida, firme e carregada daquela dignidade característica da nossa chancelaria.
O Conteúdo da Nota: Mais do que Formalidades
O texto da nota não se limitou às formalidades diplomáticas de praxe. Ele foi além. Expressou "profunda surpresa e preocupação" com as palavras do oficial americano, classificando o episódio como "extremamente grave" e "inaceitável entre nações soberanas e parceiras".
O ministério foi categórico ao reafirmar os princípios que guiam a política externa brasileira: o respeito irrestrito à soberania nacional, a não intervenção nos assuntos internos de outros países e a solução pacífica de controvérsias. São pilares que, diga-se de passagem, estão na contramão absoluta do que foi sugerido.
O recado final não poderia ser mais claro: o Brasil espera — e exige — uma retratação formal e imediata por parte do governo dos Estados Unidos. É o mínimo, não acham?
E Agora, José?
O que isso significa para a relação entre os dois países? Bom, é difícil dizer. Crises diplomáticas assim têm o péssimo hábito de deixar sequelas. O Itamaraty deixou claro que valoriza o diálogo e a parceria com os EUA, mas que esse diálogo precisa se dar num patamar de respeito mútuo absoluto.
Enquanto aguardamos os desdobramentos e uma possível explicação (ou desculpa) de Washington, uma coisa é certa: a soberania brasileira não é — e nunca será — moeda de troca. O episódio serve como um alerta, um daqueles momentos que nos fazem lembrar que a diplomacia é um campo minado, onde cada palavra pesa uma tonelada.