
O Brasil decidiu dar uma pausa nos bastidores. Uma daquelas pausas estratégicas que falam mais alto que mil discursos. O governo simplesmente resolveu segurar a aplicação da famosa — e polêmica — Lei de Reciprocidade contra os Estados Unidos.
E o timing? Bem, o timing é tudo nesse jogo. A decisão vem justamente quando circulam rumores fortes sobre uma possível conversa telefônica entre o presidente Lula e ninguém menos que Donald Trump. Coincidência? Duvido muito.
O que está em jogo?
A tal lei, pra quem não lembra, é aquela que basicamente diz: "olha, se você me trata assim, eu te trato do mesmo jeito". Uma espada de dois gumes nas relações internacionais. O Itamaraty já tinha até preparado a lista de medidas que poderiam ser aplicadas contra os americanos — incluindo aquela velha história das taxas consulares.
Mas eis que o clima mudou. De repente, o governo resolveu respirar fundo e pensar duas vezes. Ou melhor, esperar para ver no que dá esse possível papo entre Lula e Trump.
Os bastidores da decisão
Fontes próximas ao Planalto contam que a coisa não foi simples. Teve debate, teve discussão, teve gente puxando pra um lado e pro outro. No final, prevaleceu a visão de que valia a pena esperar.
- O adiamento é temporário — mas ninguém sabe exatamente por quanto tempo
- A decisão final depende muito do tom que essa conversa presidencial vai tomar
- O Itamaraty mantém todas as opções na manga, caso o diálogo não renda frutos
É aquela velha história: na diplomacia, às vezes não fazer nada é a ação mais inteligente. Principalmente quando se trata de uma relação tão complexa quanto a que temos com os Estados Unidos.
E agora?
O Brasil fica nesse limbo interessante. De um lado, a pressão interna pra mostrar pulso firme. Do outro, a realidade prática de que queimar pontes com os EUA nunca é boa ideia — ainda mais num momento econômico tão delicado.
O que me pergunto é: será que Trump vai entender o recado? Porque o adiamento é, de certa forma, um sinal de boa vontade do nosso lado. Um convite ao diálogo, digamos assim.
Enquanto isso, aqui estamos nós na plateia, assistindo a mais um capítulo dessa novela que são as relações internacionais. Torcendo, é claro, para que o final seja feliz — ou pelo menos não desastroso.