
O que era um sussurro nos corredores do poder agora ecoa nas manchetes dos principais jornais do planeta. A possibilidade – ainda não confirmada, mas suficientemente suculenta para virar notícia – de que Jair Bolsonaro estaria considerando pedir asilo à Argentina colocou fogo no parquinho da política internacional.
Imagina só a cena? O ex-presidente brasileiro, figura tão polarizadora quanto um ímã, buscando refúgio no quintal do aliado ideológico Javier Milei. A coisa toda tem um sabor dramático, quase de roteiro de cinema.
O Mundo Fala, e Como!
Os grandes veículos globais não perderam a piada. O espanhol El País deu um tom quase épico, tratando o caso como um capítulo significativo – e um tanto quanto patético – da queda do bolsonarismo. Já o Clarín, da própria Argentina, foi mais direto ao ponto: a notícia chegou como uma bomba, criando um mal-estar diplomático instantâneo. Ninguém quer abrigar um ex-líder com tantas pendências judiciais, né?
E os estadunidenses do The Wall Street Journal e do Washington Post… esses focaram no xis da questão: o enorme desgaste que um movimento desses causaria. Não é só uma fuga, é um terremoto nas relações entre dois países gigantes da América do Sul. As consequências seriam sentidas por anos.
E Do Outro Lado da Corda?
A reação oficial portenha foi, como era de se esperar, cautelosa. Um silêncio ensurdecedor, quebrado apenas por um “não comentamos hipóteses” típico de diplomata encurralado. A verdade é que Milei, com toda sua retórica libertária, se vê numa sinuca de bico. Acolher Bolsonaro seria um gesto político fortíssimo, mas um tiro no pé diplomático e econômico.
O governo brasileiro, por sua vez, assiste a tudo com uma atenção silenciosa. É aquela velha história: uma decisão dessas não afeta apenas um homem, mas redefine alianças, tensiona mercados e vira um caso de estudo em aulas de direito internacional.
O fato é que a sombra do asilo paira como uma nuvem pesada. Resta saber se ela se dissipa ou se transforma numa tempestade que ninguém está preparado para enfrentar. Uma coisa é certa: os holofotes do mundo não se desviarão tão cedo desse palco sul-americano.