Bolívia em ebulição: Eleições históricas podem redesenhar o cenário político
Bolívia vive eleições históricas que podem mudar cenário político

Imagine um vulcão prestes a entrar em erupção. É mais ou menos assim que está o clima político na Bolívia neste momento. Depois de anos de turbulência — com golpe, retorno ao poder e muita polarização —, os bolivianos se preparam para ir às urnas em uma eleição que pode virar o jogo completamente.

Não é exagero dizer que estamos falando de um divisor de águas. O atual presidente, Luis Arce, tenta se manter no poder enquanto a oposição — que nunca engoliu direito o retorno do MAS ao governo — chega com tudo para a disputa. E tem mais: a sombra de Evo Morales, que não pode concorrer mas continua sendo uma figura central, paira sobre todo o processo.

O que está em jogo?

Basicamente, o futuro do país. De um lado, a continuidade do projeto socialista do MAS. Do outro, a promessa de mudanças radicais — embora ninguém saiba exatamente quais. O curioso? Apesar de toda a tensão, as pesquisas mostram um empate técnico que deixa todo mundo com os nervos à flor da pele.

Ah, e tem um detalhe que não pode passar batido: a economia. Com os preços do gás natural em queda livre (o principal produto de exportação), o próximo governo vai ter que fazer malabarismos para manter o país funcionando. Não vai ser mole.

Os personagens principais

  • Luis Arce: O atual presidente, visto como herdeiro político de Morales, tenta convencer que seu governo foi além da sombra do ex-líder
  • Carlos Mesa: Ex-presidente que quase venceu em 2019, volta com discurso de "mudança sem radicalismos"
  • Luis Fernando Camacho: Governador de Santa Cruz e figura polêmica, representa a direita mais dura

E tem mais um ingrediente nessa salada: os jovens. Pela primeira vez, uma geração que não viveu o auge do Morales está votando. Será que vão manter a tradição ou sacudir o tabuleiro?

Enquanto isso, nas ruas, o clima é de... bem, de tudo um pouco. Em La Paz, manifestações pró-governo. Em Santa Cruz, protestos contra. E no meio disso tudo, o povo comum tentando sobreviver à crise econômica que não dá trégua.

Uma coisa é certa: quando as urnas fecharem no dia 14 de agosto, a Bolívia não será mais a mesma. Resta saber para qual lado a balança vai pender — e que tipo de terremoto político isso vai causar na já conturbada América Latina.