
O cenário político na Bolívia está mais quente do que um dia de verão no Altiplano. Rodrigo Paz, o candidato que vem surfando nas pesquisas como um vento favorável, aparece na frente, mas — e aqui vem o mas — a coisa tá longe de ser um passeio no parque.
Segundo as últimas projeções, ele oscila entre 42% e 45% das intenções de voto. Números que, convenhamos, deixam qualquer um com a pulga atrás da orelha: será que dá pra evitar o segundo turno? A matemática eleitoral boliviana é caprichosa — precisa de 50% +1 ou 40% com 10 pontos de vantagem sobre o segundo.
Os números que fazem tremer
O segundo colocado, que não tá nem um pouco satisfeito com o placar, varia conforme o instituto. Tem hora que é o tradicionalista Juan Del Valle, noutras o progressista Marco Ríos. Diferença? Entre 5 e 8 pontos. Pequena o suficiente pra manter todo mundo acordado de madrugada recalculando cenários.
"A gente tá vendo um eleitorado fragmentado como vitrine de loja de espelhos", analisa um cientista político local, que prefere não se identificar. "Cada candidato pesca em águas diferentes, e isso pode ser decisivo no final."
O fator surpresa
Ah, e tem mais: cerca de 15% dos eleitores ainda dizem que podem mudar de ideia. Isso é quase dois milhões de pessoas em cima do muro! Dá pra imaginar o desespero dos marqueteiros tentando conquistar essa turma com promessas e jingles.
- Rodrigo Paz aposta no discurso de "modernização sem trauma"
- Seus adversários o acusam de ser "muito próximo dos interesses empresariais"
- Enquanto isso, as ruas estão cheias de cartazes rasgados e pichações
Nas redes sociais, o debate esquenta tanto que até as hashtags estão brigando entre si. #Paz2025 versus #SegundoTurnoJá disputam espaço nos trending topics bolivianos.
O que vai acontecer? Bom, se tem uma coisa que a política nos ensinou é que previsão é como guarda-chuva barato — parece que protege, mas no primeiro vento mais forte vira do avesso. Resta esperar — e torcer para que as urnas tenham a palavra final sem surpresas desagradáveis.