Bolívia em turbulência: eleições podem marcar virada histórica após 20 anos de governo de esquerda
Bolívia pode ter guinada à direita após 20 anos de esquerda

O cenário político na Bolívia está mais quente que um forno de pão nas alturas de La Paz. Neste domingo (17/08), os bolivianos — aqueles mesmos que há não muito tempo botaram pra quebrar nas ruas — voltam às urnas pra decidir o rumo do país. E olha que decisão...

Depois de 20 anos com a esquerda no comando — primeiro com Evo Morales, depois com Luis Arce —, as pesquisas mostram que o povo tá com a pulga atrás da orelha. A crise econômica que não dá trégua, os escândalos de corrupção e aquela velha sensação de "já deu" parecem estar virando o jogo.

O que está em jogo?

Numa tacada só, os eleitores vão escolher:

  • Novo presidente
  • Deputados
  • Senadores

E não é brincadeira não. A polarização chegou num nível que até o ar rarefeito do altiplano parece pesado. De um lado, o MAS (Movimento ao Socialismo) tenta segurar a onda com David Choquehuanca, ex-chanceler que fala em "refundar" o processo de cambio. Do outro, uma galera da oposição que promete "botar ordem na casa" — e que, diga-se, nunca esteve tão perto de ganhar.

Por que isso importa?

Pois é, você pode estar pensando: "Bolívia é logo ali, mas o que tem a ver comigo?" Bom, além de ser nosso vizinho — e a gente sabe como essas coisas por aqui têm o péssimo hábito de atravessar fronteiras —, o país é:

  1. Maior exportador mundial de lítio (aquele mineral das baterias dos celulares)
  2. Um termômetro político importante na região
  3. Exemplo do que acontece quando um modelo econômico começa a chiar

E olha que interessante: enquanto no Brasil a gente discute se a esquerda volta em 2026, na Bolívia o debate já virou página. A questão agora é como vai ser a transição — se na base do diálogo ou no tapa.

Nas ruas de Cochabamba e Santa Cruz, o clima é de... bem, de tudo um pouco. Tem gente comemorando antecipadamente, outros rezando pra não dar merda, e aquela turma que só quer saber de conseguir botar comida na mesa, independente de quem esteja no palácio.

Uma coisa é certa: segunda-feira, quando a poeira baixar (ou não), a América Latina pode acordar com um novo mapa político. Resta saber se vai ser um terremoto ou apenas um ajuste de curso. Torçamos para que as urnas falem mais alto que os ânimos.