
O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não economizou palavras ao comentar a revogação dos vistos americanos concedidos à família do também ex-ministro Nelson Jobim. Para ele, a medida foi além de um simples desentendimento — foi uma "grosseria sem tamanho", como definiu em entrevista.
Não é todo dia que um diplomata brasileiro solta o verbo assim, mas Amorim sempre foi do tipo que fala o que pensa. E dessa vez, a irritação estava estampada em cada sílaba. "Isso não é só um desrespeito", disparou, "é uma agressão direta, uma hostilidade que não se justifica".
O que aconteceu?
Os Estados Unidos cancelaram os vistos da família Padilha — sim, aqueles mesmos que permitem entrada no país — sem muita explicação. E olha que estamos falando de gente ligada a um ex-ministro da Defesa, figura importante na política brasileira. Coisa séria.
Amorim, que já lidou com crises diplomáticas bem piores, não engoliu a história. "Não é assim que se trata um país soberano", resmungou, quase como se estivesse numa mesa de bar, indignado com a falta de educação alheia.
E as consequências?
Bom, quando a coisa chega nesse nível, não dá pra fingir que está tudo bem. O Brasil pode até não declarar guerra — óbvio! — mas relações diplomáticas são feitas de gestos. E esse, definitivamente, não foi dos mais elegantes.
Será que foi um mal-entendido? Difícil acreditar. Washington sabe muito bem o peso simbólico de uma canetada dessas. Resta saber se foi intencional ou só mais um daqueles "erros" convenientes que aparecem de vez em quando.
Enquanto isso, a família Padilha fica sem poder pisar em solo americano. E Amorim, com razão de sobra pra reclamar. Como ele mesmo disse: "Isso não é política, é falta de respeito básico". E quando um cara como ele fala, é melhor ouvirem.