O clima no Senado Federal está mais tenso do que um fio esticado. E não é pra menos. Numa jogada que mistura drama político e relações internacionais, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) soltou o verbo contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação? Nada menos que a de tentar, deliberadamente, colocar os Estados Unidos contra o Brasil.
Parece roteiro de série, mas é a pura realidade. Alcolumbre não mediu palavras. Disse, com todas as letras, que o deputado federal e filho do ex-presidente está praticando um "jogo perigoso" ao fazer declarações que, supostamente, instigam o governo norte-americano a adotar uma postura mais dura e desfavorável em relação ao nosso país.
O cerne da questão
O estopim dessa celeuma foi uma fala de Eduardo Bolsonaro, repercutida pela imprensa, onde ele critica a condução de certas políticas nacionais. Para Alcolumbre, isso não é mera opinião política – é um convite à desconfiança internacional. "É inacreditável que um parlamentar brasileiro faça esse tipo de alegação visando um parceiro estratégico como os EUA", disparou o senador, com um misto de incredulidade e indignação.
E não para por aí. O senador vai além e sugere que há um objetivo claro por trás das palavras do bolsonarista: minar a credibilidade do Brasil no cenário global. Uma manobra, na visão dele, que beneficia interesses políticos específicos em detrimento do país como um todo. Forte, não?
As possíveis repercussões
Especialistas em política externa já começam a esboçar preocupação. Relações diplomáticas são como castelos de cartas – uma brisa mais forte e tudo pode desmoronar. Declarações públicas de figuras influentes, principalmente as que carregam um sobrenome tão conhecido, têm um peso enorme. Podem, sim, ecoar nos corredores do poder em Washington.
O que está em jogo? Desde acordos comerciais bilionários até cooperação em segurança e tecnologia. O Brasil não pode se dar ao luxo de ser visto como um país instável ou pouco confiável. A postura de Alcolumbre reflete um temor genuíno de que o jogo político interno esteja prestes a causar um estrago de proporções internacionais.
Enquanto isso, do outro lado, Eduardo Bolsonaro e seus aliados devem se preparar para uma réplica. A seara política brasileira promete ficar quente nos próximos dias. Fiquemos de olho.
