Alckmin e Tebet Rumam ao México: Estratégia Brasileira para Contornar Tarifas e Fortecer Laços Regionais
Alckmin e Tebet no México em missão contra tarifas

Numa jogada que mistura diplomacia com urgência econômica, Geraldo Alckmin e Simone Tebet pegam o avião rumo ao México nesta terça-feira. E a timing não poderia ser mais estratégica — bem no olho do furacão da recente escalada tarifária que deixou todo mundo de cabelo em pé.

O vice-presidente e a ministra do Planejamento não vão a passeio. A agenda é densa, repleta de encontros bilaterais que prometem mexer os pauzinhos nas relações comerciais entre os dois países. Fontes próximas ao Planalto revelam que a missão tem dois objetivos claros: acalmar os ânimos dos vizinhos e abrir novos caminhos para produtos brasileiros.

O que está realmente em jogo?

Quando o governo anunciou aquela enxurrada de taxações sobre importações, a reação internacional foi… digamos, pouco entusiasta. Países da região franziram a testa, e o México — nosso segundo maior parceiro comercial na América Latina — não ficou mudo. Daí a importância desta viagem: é hora de conversa franca, olho no olho.

Alckmin, com sua experiência de quatro décadas na política, lidera a comitiva. Tebet, por sua vez, leva na bagagem números, projeções e um plano B caso as negociações aqueçam. Juntos, eles formam uma dupla que parece saída de um filme de espionagem — só que com gráficos de Excel e muito café.

Os números que você precisa saber

O fluxo comercial entre Brasil e México beira os US$ 10 bilhões anuais. São produtos que vão desde autopeças até alimentos processados, criando uma teia econômica que emprega milhares dos dois lados do Equador. Qualquer solavanco nessa relação, portanto, dói — e dói fundo.

Mas aqui vai um detalhe que pouca gente comenta: o México também é porta de entrada para o mercado norte-americano. Simplificando? Bom relacionamento com os mexicanos pode significar acesso indireto aos EUA sem precisar encarar tarifas pesadas. Esperto, não?

Além da economia: o jogo político

Há mais em jogo do que dólares e centavos. Esta viagem sinaliza uma mudança sutil na política externa brasileira — um reaproximamento com parceiros tradicionais que havia esfriado nos últimos anos. É como reencontrar um amigo de infância depois de uma briga boba: awkward no início, mas necessário.

O governo federal parece ter acordado para o fato de que, num mundo fragmentado, ter aliados próximos não é luxo — é sobrevivência. E ninguém melhor que o México, com sua economia estabilizada e rede de acordos comerciais, para ser esse aliado.

Resta saber como os mexicanos receberão a comitiva. Será abraço de urso ou aperto de mão formal? Fontes diplomáticas sugerem que o clima será “construtivo, porém direto” — o que em linguagem política significa: “vamos conversar, mas sem rodeios”.

Uma coisa é certa: o resultado desta viagem pode definir o rumo não só das relações bilaterais, mas da própria estratégia comercial brasileira para os próximos anos. E isso, meu caro leitor, é assunto que vale a pena acompanhar.