
E aí, ficou surpreso? O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu manter a suspensão de Dudu, do Palmeiras, após o atacante soltar um palavrão contra a presidente do clube, Leila Pereira. A decisão, que já vinha dando o que falar, agora ganhou um tempero a mais: o tribunal apontou indícios de misoginia no comportamento do jogador.
Não foi um "simples" xingamento, como alguns tentam pintar por aí. O órgão esportivo analisou o contexto e viu ali algo mais profundo — uma agressão que, segundo eles, reflete um problema estrutural. E olha que o Dudu já tinha sido punido antes por algo parecido, viu? Coincidência? Difícil dizer.
O que rolou nos bastidores?
Durante o jogo contra o Botafogo, em maio, as câmeras captaram o momento em que Dudu, visivelmente irritado, disparou: "Vai tomar no cu" em direção à arquibancada — onde estava Leila. O vídeo viralizou, claro. E o STJD não fez vista grossa.
Na defesa, o jogador alegou que a frase não era dirigida à presidente. Mas convenhamos: o timing foi péssimo, e o tribunal não comprou a versão. "Não se trata apenas de um deslize verbal", destacou um dos julgadores. "Há um padrão que precisa ser interrompido."
E agora, o que muda?
- Dudu continua suspenso por 6 jogos — já cumpriu 2;
- Multa de R$ 15 mil (valor simbólico, mas a mensagem é clara);
- O caso virou precedente: o STJD sinalizou que não tolerará ofensas com viés de gênero.
Será que o futebol brasileiro está mesmo pronto para essa discussão? Porque, entre nós, não faltam exemplos de jogadores que escaparam ilesos de situações piores. Mas, dessa vez, a corda arrebentou do lado (in)esperado.
Enquanto isso, no Palmeiras, o clima não deve estar dos melhores. Leila Pereira, que já enfrentou resistência por ser mulher no comando de um gigante do futebol, agora vê o caso ganhar contornos de debate social. E o Dudu? Bom, ele aprendeu da pior forma que algumas palavras — ditas no calor do momento — podem queimar como sol de dezembro.