
Eis que surge uma daquelas reviravoltas que ninguém — absolutamente ninguém — esperava no mundo da bola. O São Paulo FC, num lance mais surpreendente que gol de bicicleta aos 48 do segundo tempo, acabou de se posicionar publicamente a favor daquela mudança radical no calendário do futebol nacional proposta pela CBF. E olha, não foi um mero aceno de cortesia. Foi um apoio de verdade, daqueles que fazem barulho.
Através de suas redes oficiais, o clube da Morumbi deixou claro que enxerga na reorganização um passo necessário — quiçá tardio — para modernizar a bagunça que se tornou o nosso calendário. "Apoiamos a iniciativa da CBF", disparou o comunicado, sem rodeios. E não parou por aí: a diretoria tricolor ainda enfatizou que a medida é "fundamental para o desenvolvimento do futebol brasileiro". Palavras fortes, hein?
Mas vamos combinar uma coisa? Todo mundo que acompanha futebol já estava há tempos pedindo por uma arrumação nessa confusão de datas. Os times vivem uma maratona maluca, com jogadores se arrastando em campo de tanto cansaço — e a qualidade do espetáculo lá embaixo. A CBF, finalmente, parece ter ouvido o clamor (ou pelo menos parte dele).
O Que Muda na Prática?
Bom, a ideia central é dar uma folgada na agenda. Menos jogos, mais tempo para treinar, se recuperar e — pasmem — até pensar em futebol. Que conceito revolucionário, não? A proposta busca criar blocos mais definidos para estaduais, nacional e competições sul-americanas, evitando aquela sobreposição que só serve para estressar jogador, técnico e torcedor.
O São Paulo, esperto como sempre, foi o primeiro grande clube a sair da moita e endossar a parada. Isso fala muito sobre o momento do clube — que parece disposto a abraçar inovações (desde que façam sentido, claro).
Resta saber se os outros grandes vão seguir o exemplo ou se vão ficar resmungando nos cantos. Afinal, mudança assusta. Sempre assustou. Mas, como bem lembrou o tricolor, às vezes é preciso quebrar a casca para ver o que tem dentro.
Uma coisa é certa: o debate está aberto. E agora, com o peso de um gigante como o São Paulo, ganhou um sinal verde considerável. O futebol brasileiro agradece — ou pelo menos deveria agradecer.