Maracanã pode ganhar nome de empresa: Governo do RJ estuda venda dos naming rights
Maracanã pode virar estádio com nome de empresa

Parece que os tempos mudaram mesmo. O Maracanã, essa relíquia do futebol brasileiro que já viu tantas glórias, pode estar prestes a ganhar um novo nome — e não, não estamos falando de homenagem a jogador lendário.

O governo do Rio de Janeiro resolveu botar a mão na massa e está analisando seriamente a possibilidade de vender os chamados "naming rights" do estádio. Em português claro: querem colocar o nome de uma empresa no templo do futebol.

O que está por trás dessa jogada?

Não é segredo para ninguém que as contas públicas andam complicadas. E o Maracanã, ah, o Maracanã... manter esse gigante não é barato. A conta de luz deve ser um absurdo, sem falar na manutenção geral.

O que me faz pensar: será que chegamos ao ponto onde até nossos símbolos esportivos precisam virar produto? É uma questão que divide opiniões, não é mesmo?

Os prós e contras dessa partida

Do lado do governo, a argumentação é bem prática. A grana da venda dos naming rights poderia ajudar — e muito — na manutenção do estádio. Estamos falando de valores que podem chegar a dezenas de milhões por ano. É dinheiro que não cai do céu.

Mas olha só o outro lado da moeda: o Maracanã não é um estádio qualquer. É patrimônio cultural, palco de momentos históricos, da final da Copa de 50, dos gols de Pelé, das comemorações da Seleção. Tem um peso emocional que não se mede em dinheiro.

Imagina só: "Estádio Tal Empresa Maracanã". Soa estranho, não? Parece que perde um pouco da alma.

E os torcedores, o que acham?

Bom, essa é a grande incógnita. O torcedor brasileiro é passionista, tem memória longa e não aceita mudanças assim de supetão. Lembram quando tentaram mudar o nome para "Estádio Jornalista Mário Filho"? Quase ninguém usa.

Na prática, o povo continuou chamando de Maracanã. E provavelmente continuaria, mesmo com um nome corporativo. Mas a resistência cultural seria enorme, pode apostar.

É aquela velha história: algumas coisas têm valor que vai além do financeiro. O cheiro da grama molhada, o eco das arquibancadas, os gritos dos vendedores de amendoim — isso não tem preço.

O jogo político por trás dos holofotes

Claro que não podemos ignorar o aspecto político dessa jogada. Em ano que não seja eleitoral, medidas polêmicas assim costumam aparecer mais. É como se fosse um teste — jogam a ideia no ar e veem como o público reage.

Se a galera aceitar bem, seguem em frente. Se pegar mal, dizem que era apenas um estudo preliminar. Já vimos esse filme antes, não é?

O que me preocupa é o precedente. Se o Maracanã virar shopping, o que impede que outros estádios históricos sigam o mesmo caminho? O Pacaembu, o Morumbi, a Arena do Grêmio...

E agora, José?

O governo garante que, se a venda acontecer, haverá regras claras. Nada de nomes ridículos ou empresas com imagem comprometida. Mas convenhamos: quando o dinheiro entra em cena, os critérios às vezes ficam meio... flexíveis.

Enquanto isso, nós, meros espectadores dessa partida, ficamos na torcida. Torcendo para que o Maracanã — com ou sem nome novo — continue sendo a casa das emoções que sempre foi.

Porque no final das contas, o que importa mesmo é o que acontece dentro das quatro linhas. O resto... bem, o resto a gente discute no boteco depois do jogo.