
Parece que o futebol está prestes a virar de cabeça para baixo — e não estamos falando de jogadas acrobáticas em campo. A FIFA, sob o comando daquele suíço sempre sorridente, Gianni Infantino, está cozinhando uma mudança que faria até o relógio mais pontual se atrapalhar.
Março ou outubro. Esses são os novos meses que estão sendo sussurrados nos corredores do poder do futebol mundial para sediar a Copa do Mundo. Uma ideia que, convenhamos, soa meio maluca de primeira, mas que começa a fazer um certo sentido quando paramos para pensar.
O que está por trás dessa mudança radical?
Infantino — aquele sujeito que parece ter mais energia que jogador após gol decisivo — apresentou essa proposta durante uma daquelas reuniões chiques da FIFA. E sabe qual foi o argumento mais interessante? O calor. Sim, o simples e velho calor.
Imagine organizar um torneio gigantesco como a Copa em países onde o termômetro parece ter vontade própria, marcando temperaturas que fariam até um camelo reclamar. É praticamente uma tortura para atletas e torcedores. Quem já tentou correr sob sol de 40 graus sabe do que estou falando.
Os números não mentem
Olha só que curioso: quando o Catar recebeu a Copa em novembro — fora da época tradicional — o consumo de energia nos estádios caiu absurdos 40%. Quarenta por cento! Isso é muita coisa, gente. E não foi só isso: a emissão de carbono também despencou, mostrando que mudar datas pode ser mais sustentável do que parece.
E tem mais — algo que pouca gente para para pensar: os jogadores chegam mais descansados. Sem aquela maratona exaustiva logo após temporadas intensas nos clubes. Parece óbvio, né? Mas ninguém tinha tido a coragem de mexer nisso antes.
Os desafios dessa revolução
Claro, nada é tão simples quanto parece. Mexer no calendário do futebol é como tentar reorganizar a sala de casa com toda a família dentro — alguém sempre vai reclamar.
- As ligas nacionais teriam que se adaptar
- Os clubes precisariam repensar suas programações
- As confederações continentais teriam que rearranjar seus torneios
- E os patrocinadores? Bem, esses sempre se adaptam, não é?
Mas o que me impressiona é a coragem de desafiar uma tradição de quase um século. Desde 1930 que fazemos Copa em junho/julho como se fosse lei divina. Será que não está na hora de repensarmos?
E o que ganhamos com isso?
Pensa comigo: um Mundial em outubro, quando o clima na maioria dos países é mais ameno. Ou em março, quando o futebol europeu está a todo vapor. Os jogadores estariam no auge da forma, o espetáculo seria ainda melhor.
E o mais importante — e isso é genial — países que nunca poderiam sediar uma Copa por questões climáticas suddenly entram no jogo. É abrir as portas para novas culturas, novas paixões, novos mercados.
Infantino, com aquela sua cara de quem sempre tem um ás na manga, parece determinado a fazer acontecer. "Temos que ser pragmáticos", ele diz. E, cá entre nós, ele tem um ponto.
O mundo mudou, o futebol mudou, mas nosso calendário continua preso no passado. Talvez seja hora de dar uma chance para o futuro — mesmo que ele chegue em março ou outubro.