
Parece que a CBF finalmente decidiu meter a colher de vez na panela quente que é o calendário do futebol brasileiro. E olha, as mudanças são daquelas que vão fazer torcedor e dirigente coçar a cabeça — para o bem ou para o mal.
O Brasileirão 2025, pasmem, vai começar no dia 25 de janeiro. Isso mesmo, janeiro! Enquanto a maioria ainda está se recuperando das festas de fim de ano, os times já estarão com as chuteiras afiadas. Uma loucura? Talvez. Mas também pode ser o fim daquela lenga-lenga de que o calendário brasileiro não para.
Estaduais encolhem — e não é pouco
Os famosos — e muitas vezes criticados — estaduais vão perder espaço. E como! A CBF determinou que os campeonatos estaduais não podem passar de 10 rodadas para os que têm até 10 times, e 12 rodadas para os maiores.
Isso significa que Paulistão, Carioca e companhia vão ter que se virar nos 30 para caber nesse novo formato. Vai sobrar menos tempo para clássicos e, quem sabe, sobrar mais fôlego para os jogadores. Ou será que vai matar a tradição? Eis a questão que vai dividir opiniões.
E a Copa do Brasil? Vira jogo único
Mas tem mais pimenta nesse angu. A final da Copa do Brasil, que sempre foi decidida em dois jogos — ida e volta — agora vira coisa de uma noite só. Jogo único, em campo neutro, tudo decidido em 90 minutos (ou mais, se for para as penalidades).
Pensa na pressão! Um jogo para coroar o campeão, sem segunda chance, sem o fator casa. É do tipo de mudança que pode criar lendas — ou enterrar sonhos em uma tacada só.
E tem detalhe: as semifinais continuam sendo duas partidas, mas a grande decisão vira essa roleta-russa emocionante.
O que significa tudo isso?
Bom, a CBF claramente quer dar um jeito naquela velha discussão sobre calendário sobrecarregado. Menos estaduais significa mais espaço para o Brasileirão, que começa mais cedo e, teoricamente, termina mais cedo também.
Mas será que os times vão gostar? E os torcedores, que são a alma do futebol? Alguns vão sentir falta dos estaduais mais longos, dos clássicos regionais que marcam o início do ano. Outros vão aplaudir a modernização.
Uma coisa é certa: o futebol brasileiro nunca mais será o mesmo depois dessas mudanças. Resta saber se vamos olhar para trás um dia e dizer "como era bom no tempo dos estaduais longos" ou "que bom que acabou com essa bagunça".
Eu, particularmente, acho que era preciso mexer. Mas confesso que vai dar uma saudade daquela confusão toda — que, no fundo, era o que dava sabor ao nosso futebol.